São Paulo supercampeão paulista

O técnico Oswaldo de Oliveira provou ser um iluminado. Em menos de um mês no comando do São Paulo e com inúmeros desfalques – Rogério Ceni, Bellettti e Kaká defendendo a seleção brasileira, França e Dill, machucados e Júlio Baptista e Gustavo Nery, suspensos -, ele levou a equipe, enfim, a conquista de um título neste primeiro semestre de 2002. Depois de cair na semifinal da Copa do Brasil e na final do Torneio Rio-São Paulo, ambas para o Corinthians, o time do Morumbi chegou a uma conquista. Em grande estilo, goleou o Ituano, campeão paulista, por 4 a 1, ontem à tarde e levantou a taça do Supercampeonato Paulista. No jogo de ida, em Itu, empate (2 a 2). A festa começou antes do início da partida. A torcida são-paulina, que lotou as arquibancadas do Morumbi e os atletas dos dois times, perfilados, cantaram o hino nacional. Teve tempo, ainda, para a entrega do troféu de campeão paulista ao Ituano.

O jogo começou com o surpreendente Ituano, já havia eliminado o Corinthians (2 a 0 e 2 a 3), partindo para o ataque. Logo aos dois minutos, após cobrança de falta do meia Juliano, na barreira, Elson assustou, ao pegar o rebote e finalizar, por cima. Aos 8 foi a vez de Basílio levar perigo. Ele ganhou na velocidade de Jean, mas chuta para fora.

O São Paulo resolveu acordar. Em sua primeira chegada ao ataque, o gol. Lúcio Flávio é derrubado por Pierre, Adriano ajeitou e acertou o ângulo de André Luís. A equipe do interior ainda chegou em duas oportunidades, mas esbarrou no goleiro Roger. Aos 25, o goleiro espalmou chute de longa distância de Juliano e aos 37 salvou o time ao defender finalização de Basílio, cara-a-cara.

Além de não fazer o gol, o Ituano ainda recebeu um castigo. Aos 43 minutos, nova falta para o São Paulo. Adriano cobra, a bola desviou em Pierre e enganou André: 2 a 0. Os tricolores foram para o vestiário aos gritos de “é campeão, é campeão”.

E a atitude da torcida não era precipitada. O time voltou para o segundo tempo como um rolo compressor. Lúcio Flávio desperdiçou duas chances. Sem dar espaços para os atletas do Ituano, ainda os envolviam, com passes de primeira. Os gritos agora eram de “olé, olé.” E a festa dos torcedores foi premiada com mais dois gols. Aos 21 minutos, o até então apagado Reinaldo provou ser pé-quente em decisões. Em sua oitava final, ele anotou seu sétimo gol. Após uma bola rebatida, ele pegou de primeira, fazendo 3 a 0. Seis minutos mais tarde, o atacante deu uma de garçon. Fez grande jogada e serviu Sandro Hiroshi, que chutou. A bola bateu na trave e entrou.

Mesmo sem condições de chegar ao empate, o Ituano não se entregou. Aos 30 minutos, Tita, que acabara de entrar no jogo, substituindo Fernando Gaúcho, carimbou a trave de Roger. No minuto seguinte, o goleiro espalmou para escanteio, chute rasteiro de Basílio. Na cobrança, o próprio Basílio, de joelho, anotou o gol de honra da equipe do interior, decretando o placar final da partida: 4 a 1.

Voltar ao topo