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São Paulo justifica excesso de cruzamentos na derrota para o Guarani

Quem viu pela TV a derrota do São Paulo por 1 a 0 para o Guarani, na quinta-feira, teve a sensação de assistir a um replay ininterrupto: a bola cruzava a área do time campineiro a todo instante, na maioria das vezes sem levar perigo algum à meta defendida por Klever. Foram 61 cruzamentos tentados pelos jogadores são-paulinos, sendo apenas 18 (29,5%) certos, ou seja, que resultaram em alguma sequência na jogada.

Questionados depois da partida, realizada no Pacaembu, a respeito da insistência nesse tipo de lance, técnico e jogadores explicaram a busca pelo jogo aéreo como forma de tentar o gol de empate, que não veio.

“A gente está desenvolvendo uma consciência para atacar, tornando a equipe mais consciente do que faz em campo. O número elevado de cruzamentos tem a ver com a característica de ter dois jogadores de área”, disse André Jardine, referindo-se às presenças de Diego Souza e Pablo da formação titular.

Foi a primeira vez que eles atuaram juntos desde o início do Campeonato Paulista. “Mas entendo também que muitos cruzamentos foram errados, não eram iniciativas que valiam a pena. Outras, sim, mas isso faz parte do processo que estamos evoluindo, aprendendo quando vale ou não a pena cruzar”, completou o treinador.

Para o lateral Reinaldo, a tática teve a ver com o gol sofrido logo no início da partida e que permitiu ao Guarani jogar o restante do confronto com sua equipe posicionada inteiramente no campo defensivo. “Eles estavam muito fechados, a única coisa que estava entrando era a bola no fundo para o Helinho e Everton cruzarem. E estávamos com Diego e Pablo dentro da área”, explicou, fazendo coro ao discurso de Jardine.

Curiosamente, o Guarani cruzou dez bolas, sendo três corretas. Em uma delas, nasceu o gol da vitória, marcado de cabeça por William Matheus.

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