São Paulo espera por clima de guerra na Venezuela

San Cristóbal – A surpreendente paz encontrada pelo São Paulo na chegada a San Cristóbal não ilude o seu treinador. Cuca espera um clima totalmente diferente no jogo de volta contra o Deportivo Táchira, hoje, às 21h45, pelas quartas-de-final da Taça Libertadores. O primeiro boicote já aconteceu: ontem, quando a delegação brasileira se preparava para treinar no estádio Puablo Nuevo, os venezuelanos proibiram o São Paulo de fazer o reconhecimento do gramado.

Apesar do contra-tempo, o São Paulo não se abalou. O time está numa situação bem cômoda nesse mata-mata. Como venceu a primeira partida, por 3 a 0, no Morumbi, pode perder por uma diferença de até dois gols. Se perder por três gols, a decisão vai para os pênaltis.

?O jogo ainda está muito longe. Mas eu não tenho nenhuma dúvida: o bicho vai pegar no estádio?, alertava o treinador, ontem, antes mesmo de ficar sabendo que o time não poderia treinar no estádio do jogo.

Cuca não espera exatamente uma guerra, nem preparou a sua equipe para isso. Ele entende que seria um grande risco para o São Paulo entrar em campo achando que o jogo terá o significado de uma batalha. ?Esse é o tipo do jogo que não dá para a gente prever nada. O time vai entrar em campo para jogar futebol. Se puser em prática o que foi trabalhado, volta para casa com a classificação.?

Cuca nem quer pensar na hipótese dos pênaltis. O treinador, aliás, preparou a sua equipe para enfrentar uma grande pressão do adversário, especialmente nos primeiros 15 minutos. ?Se eu acho que vamos levar um sufoco? Acho, não. Tenho certeza. Eles vão jogar em cima da gente. Se o São Paulo tiver de passar sufoco, vai passar. Mas o que eles talvez não contem é que também nós podemos jogar em cima deles.?

Ficha técnica

São Paulo: Rogério Ceni; Rodrigo, Fabão e Lugano; Cicinho, Alexandre, Fábio Simplício, Danilo e Gustavo Nery; Grafite e Luís Fabiano. Técnico: Cuca.

Táchira: Sanhouse; José González, Clokker Cuevas e Jonnny González; Vielma, Depablos, Bidoglio e Panigutti; Beraza e Rondón. Técnico: Manuel Farías.

Árbitro: Henry Cervantes (Colômbia).

Local: San Cristóbal, na Venezuela.

 

River encara o Deportivo na Colômbia

 

Buenos Aires – O River Plate vai a Cali, na Colômbia, enfrentar o Deportivo, hoje, às 19h30, no jogo de volta das quartas-de-final da Libertadores, em busca de um empate para chegar às semifinais.

Como o clube argentino venceu a partida de ida, em Buenos Aires, por 1 a 0, joga por uma igualdade. Se for derrotado por diferença de um gol, a decisão vai para os pênaltis. Os colombianos precisam vencer, pelo menos, por dois gols de diferença. ?Vamos aproveitar os espaços que certamente teremos?, aposta o meio-campista Coudet, do River Plate. Leonardo Astrada, técnico do River, tem apenas uma dúvida no meio-de-campo para definir o time: Luis Gonzáles ou Sambueza.

O Deportivo Cali conta com o apoio da torcida para tentar chegar à próxima fase. O destaque é o atacante Tressor Moreno. ?Nós pretendemos atacar com tudo. Será um jogo muito ofensivo. Jogaremos como equipe grande, assim como fizemos contra o Cruzeiro (nas oitavas-de-final). E deu certo?, diz o meio-campista Conde.

Em 1999, o clube da Colômbia foi vice-campeão da Libertadores; perdeu para o Palmeiras na decisão por pênaltis.

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