Ao entrar em campo nesta quarta, às 21h45 (de Brasília), no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires, o São Paulo voltará a exercer o papel que sua torcida mais aprecia, o de potência internacional.
Líder isolado do Campeonato Brasileiro, o time de Muricy Ramalho ainda não esqueceu totalmente a melancólica eliminação para o Grêmio na Copa Libertadores deste ano. Por isso, derrotar o atual campeão continental e melhor time da Argentina pode devolver aos são-paulinos o prestígio perdido no continente em 2007, mesmo que agora pela ainda nada tradicional Copa Sul-Americana.
O jogo de volta será no dia 26, no Morumbi. O vencedor desse confronto enfrentará nas quartas-de-final o ganhador do duelo entre Millionarios, da Colômbia, e Colo-Colo, do Chile.
Diante da força do adversário e de seus torcedores, o elenco tricolor considera este um dos maiores desafios do ano. "A torcida do Boca faz muita pressão, não pára um minuto, e é preciso saber a hora certa de atacar", disse o lateral-direito Souza. "É muito complicado jogar em Buenos Aires, mas também era difícil em 2005 (ano do último título da Libertadores do clube) e conseguimos derrotar o River Plate em seu estádio.
O técnico Muricy Ramalho se preocupa principalmente com o estado físico dos atletas, que terão uma partida dura apenas quatro dias de vencer um clássico contra o Santos, no Morumbi, por 2 a 1.
Em Buenos Aires, o time terá mais um grande desafio para sua defesa, quase impenetrável, com oito gols sofridos em 26 jogos, mas que não resistiu ao poder ofensivo do Santos, mesmo sendo fundamental para garantir a vitória.