O São Paulo tem receio da influência da arbitragem na partida desta quinta-feira contra o Arsenal. O equatoriano Omar Andrés Ponce foi escalado para apitar o duelo na Argentina, a partir das 21h30, pela quarta rodada do Grupo 3 da Libertadores, e já entra em campo pressionado pela atuação polêmica do colombiano Wilmar Roldán, que marcou um pênalti para os argentinos no jogo entre as duas equipes, semana passada, no Pacaembu.

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Para Adalberto Batista, diretor de futebol do clube, existem motivos para ficar apreensivo. “Estamos preocupados com a arbitragem. Acho que, por causa dessa diferença financeira que as equipes brasileiras têm em relação aos outros times da América Latina, estão tentando equilibrar de outra forma. É gritante”, acusou.

Recentemente, ele também lembrou da grande força política do Arsenal, que foi fundado por Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) e membro influente da Conmebol e da Fifa. “Nós sabemos que com alguns times sempre precisamos de mais cuidado. O Grondona é muito forte nas confederações. Mas temos de jogar bola”, chegou a dizer Adalberto Batista.

O goleiro e capitão Rogério Ceni também está receoso em ver sua equipe perder o rumo e pede tranquilidade diante do Arsenal. “Acho que jogos assim têm muita provocação. São muito faltosos e violentos em certas ocasiões. Na Libertadores é preciso ter cabeça boa e tentar acabar com 11 em campo, senão você acaba sendo pressionado no fim do jogo”, admitiu.

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Alheios ao debate sobre a influência da arbitragem, os jogadores embarcaram na quarta-feira para Buenos Aires e realizaram um treinamento longe das câmeras. Mais uma vez, o técnico Ney Franco optou por esconder os trabalhos, mas os próprios atletas garantem que não haverá muita novidade na escalação – os desfalques são Luis Fabiano e Wellington, ambos suspensos.

“Não tem muita diferença, o time é praticamente o mesmo. Nosso foco é conseguir a vitória”, avisa o volante Denilson, que desfalcou a equipe nos últimos confrontos por contusão, mas está de volta no meio-de-campo. “Estou pronto e 100% fisicamente. Tenho certeza de que vou ajudar o time.”

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SINAL DE ALERTA – A situação do São Paulo no Grupo 3 da Libertadores não é das mais confortáveis, até porque a equipe fará os dois próximos jogos fora de casa – além do Arsenal, enfrenta o The Strongest no dia 4 de abril na Bolívia. Os jogadores sabem que uma vitória diante dos argentinos deixaria a situação um pouco melhor na chave.

“Ainda não fazemos conta. A nossa conta é fazer uma boa partida e somar os três pontos”, explicou o experiente zagueiro Lúcio, que garante saber lidar com a ansiedade. “Pressão temos em todo o jogo. Precisamos vencer todas as partidas e estamos acostumados com isso. Vamos procurar fazer nosso trabalho e vencer fora de casa, que é importante.”