São Paulo e Santos brigam por Leão

A diretoria do São Paulo chegou à conclusão de que o técnico ideal para dirigir o time até o fim do ano é Emerson Leão, do Santos, por ser experiente e por ter o estilo “linha- dura”. Com isso, provocou uma crise diplomática com os rivais do litoral. Os são-paulinos negam, mas Francisco Lopes, diretor de futebol santista, afirmou, ontem, que pessoas ligadas à cúpula do São Paulo assediaram o treinador na terça-feira. “Ele (Leão) teve uma reunião com a gente e falou que realmente foi procurado”, comentou Lopes. “Foi um ato de deselegância do São Paulo, foram muito antiéticos.” Assim que soube das declarações do cartola de Santos, o presidente tricolor, Macelo Portugal Gouvêa, rebateu. “É mentira dele, não procuramos o Leão.”

O nome do atual campeão brasileiro é o preferido de Gouvêa e de boa parte dos conselheiros. Mas o técnico vem garantindo que não deixará a Vila Belmiro antes do término de seu contrato, em 31 de dezembro. Mesmo assim, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, não esconde a preocupação com a possibilidade de perdê-lo. E a saída de Leão, que montou a equipe e tem o controle dos jovens astros, seria desfalque considerável.

De acordo com Francisco Lopes, não há nada que assegure sua permanência no Santos. “Se receber uma grande proposta, qualquer treinador troca de time”, disse. “Talvez ainda não tenham lhe oferecido o mesmo que ganha o Ricardinho (cerca de R$ 160 mil mensais), mas, se o Leão achar que o ciclo dele terminou, que seja feliz em outra agremiação.”

Existe uma cláusula de multa em caso de rescisão, mas nada assustador: o valor equivalente a três salários. O São Paulo poderia arcar tranqüilamente com essa despesa para contratar Leão.

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