São Paulo diz que vídeos mostram baderna corintiana

As imagens do conflito envolvendo torcedores do Corinthians e policiais do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, gravadas pelo sistema de monitoramento interno do Morumbi, serão requisitadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para tentar apontar responsáveis pela confusão no clássico de domingo, contra o São Paulo.

“Eu não vi as imagens, mas pelo que me falaram elas gravaram os torcedores do Corinthians arrancando e atirando cadeiras no gramado, quebrando vidros e grades, destruindo banheiros, mas também sendo pisoteados por eles mesmos e atendidos em seguida pelos médicos após confronto com a PM”, disse o superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.

O episódio aconteceu quando os cerca de cinco mil torcedores do Corinthians foram autorizados pela polícia a deixar o Morumbi – uma hora após o fim do clássico. Nesse momento, uma bomba explodiu no meio da torcida e provocou corre-corre. A PM foi encurralada e, segundo o comandante da operação, tenente-coronel Hervando Luiz Veloso, teve de reagir com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

O São Paulo não pretende derrubar o muro construído no anel superior do Morumbi que separa torcedores são-paulinos de torcedores dos clubes visitantes. Foi o muro que teria impedido a passagem dos corintianos depois do corre-corre após a explosão da bomba atirada por pessoa ainda não identificada pela PM.

“O muro fica. Foi construído dentro da normalidade da lei, sem problema algum. É largo e bem feito”, disse Marco Aurélio Cunha. “O problema não é sua existência, mas a condição dos torcedores. Como também acho que tanto faz ter 5% ou 10% de torcedores do time visitante. Se apenas um torcedor entrar no estádio armado, ele poderá matar muita gente. O problema, então, é a intenção do cara que vai para o estádio.”