O Santos escala três atacantes e quer aproveitar a queda livre do Coritiba (acumula oito resultados negativos seguidos e não ganha em casa há quatro jogos) para voltar a vencer, nesta quarta-feira, às 19h30, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 27.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e se recuperar do tropeço diante da Portuguesa na última rodada.
O time escalado pelo técnico Claudinei Oliveira será bem diferente daquele do último domingo, a começar pela volta dos titulares Aranha ao gol e Alison ao meio de campo. Os desfalques são os laterais Cicinho (dores musculares), Mena (convocado para jogar pelo Chile nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014) e o meia Leandrinho (infecção intestinal). Bruno Peres entra na direita, Émerson na esquerda e, com a ausência de Leandrinho, o treinador vai aproveitar para escalar Éverton Costa ao lado de Thiago Ribeiro e Willian José no ataque.
“Vamos jogar com três atacantes contra o Coritiba, mas não vamos atacar como índio. Os jogadores de frente também vão voltar para ajudar na marcação”, disse Claudinei Oliveira, usando como referência o Corinthians de 2012. “Futebol hoje em dia é compactação. Eles jogaram o ano inteiro com três atacantes e sempre teve a defesa altamente consistente”.
A entrada de Éverton Costa no time tem um motivo especial. Claudinei Oliveira acredita que o meia-atacante, que estava encostado no Coritiba até ser emprestado ao Santos, vai entrar em campo motivado e querendo mostrar que merecia ser titular. “Éverton vai voar contra o Coritiba, como aconteceu com Arouca, Cícero, Thiago Ribeiro e Willian José diante do São Paulo. É comum jogador ter motivação especial contra o ex-clube”, disse.
Mesmo com as mudanças no time, Claudinei Oliveira acredita que o Santos poderá recuperar em Curitiba os dois pontos que deixou de somar diante do Coritiba, na Vila Belmiro, pela oitava rodada, depois de estar duas vezes na frente no marcador. A equipe paranaense estava invicta e com Alex, autor dos dois gols da equipe, jogando muito. Com o empate, os santistas, que estavam há quatro jogos sem derrota, perderam a chance de entrar no G4.
“Enfrentamos o São Paulo a 120 km por hora e não pode ser diferente contra o Coritiba. Não podemos mais oscilar tanto, embora apenas o Cruzeiro esteja mantendo a regularidade. E às vezes as coisas são pintadas piores do que estão. Queríamos ganhar da Portuguesa, mas não jogamos contra ninguém. E o meu trabalho não é nada desfavorável, tanto que no ano passado o time precisou de mais rodadas do que o atual para chegar aos 35 pontos”, justificou.