Enquanto são cada vez mais fortes os indícios de que Paulo Henrique Ganso vai desembarcar em Milão no segundo semestre como reforço da Internazionale ou do Milan, o Santos ainda tem esperança de convencer o jogador a refazer o contrato atual (termina em março de 2015) e a permanecer na Vila Belmiro pelo menos até depois da Copa de 2014.

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O presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, anunciou nesta terça mais uma da longa série de reuniões, para o início da próxima semana, com o jogador e com a DIS. Ele acredita que dessa vez sai o acordo.

“Vamos dar ao Paulo Henrique Ganso condições para que ele ganhe no Brasil o mesmo, ou até mais, do que ganharia na Europa”, disse Luis Alvaro, mostrando disposição de não apenas equiparar o salário mensal de Ganso (R$ 130 mil) ao de Neymar (R$ 500 mil) como até chegar a uma cifra superior. A ideia é o clube garantir um valor alto e ainda se propor a funcionar como intermediário na procura de novas empresas interessadas em explorar a imagem de Ganso em campanhas publicitárias.

Luis Alvaro não entrou nos pormenores da nova proposta que vai apresentar, na próxima semana, a Ganso e à DIS, que além de ser dona de 45% dos direitos econômicos sobre o jogador é quem administra a carreira dele. Porém voltou a falar em exploração da imagem, o que pode inviabilizar o possível acordo. Como tem 100% dos direitos sobre a sua imagem, Ganso entende que teria prejuízo considerável se ceder os 30% que os Santos pede. A situação é diferente da de Neymar, que detinha 50% dos direitos, de acordo com contrato, e foi contemplado com mais 20% da parte do clube (tinha 50% e ficou com 30%).

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Mas, o principal entrave nas negociações que se arrastam por mais de seis meses é quanto à multa contratual. Ganso julga um exagero os 50 milhões de euros estipulados para clubes do exterior, e só assinará novo contrato se o valor cair para 30 ou, no máximo 35 milhões de euros.

“A redução no valor da multa está fora de cogitação porque se o Santos aceitar essa condição significa que pretendemos negociar o jogador e o que queremos é que ele exatamente o contrário. Que ele fique por muito tempo no clube”, disse o dirigente, ontem.

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Apesar do impasse, o Santos vai insistir para que Ganso assine um novo contrato, porque só com aumento salarial poderá ser corrigida a multa para clubes brasileiros, que caiu de R$ 66 milhões para R$ 60 milhões no começo do mês. E se ficar como está, será a brecha para a saída do meia, cabendo ao Santos apenas R$ 27 milhões, que é o quanto valem os seus 45% sobre os direitos econômicos do jogador.