Santos quer reviver o passado na Libertadores

Leão reprovou a atuação de vários jogadores na vitória só por 1 a 0 contra o Juventus, no Pacaembu, até pensou em mexer em meio time, mas vai fazer apenas uma alteração sai Preto e volta o grandalhão André Luís na zaga, ao lado de Alex para a estréia na Copa Libertadores, diante do América, em Cali, na Colômbia, no início de amanhã, às 00h05 (de Brasília) pelo Grupo 3.

Outra decisão do técnico foi manter Reginaldo Araújo, que não foi bem no domingo, na lateral-direita, para que Elano possa jogar no meio-de-campo, onde rende mais para a equipe.

“A principal mudança tem que ser quanto ao comportamento. Alguns jogadores precisam voltar a chamar para si a responsabilidade e procurar decidir ou pelo menos fazer com que o nosso time imponha o seu ritmo”, recomendou Leão, aos jogadores, ontem, antes do coletivo de 50 minutos no CT Rei Pelé.

Ele insistiu na tese que na condição de campeão brasileiro, o Santos não tem desculpa para não comandar o jogo e derrotar o tricampeão colombiano América, mesmo ainda não tendo recuperado o seu melhor condicionamento.

A decepcionante produção do time contra o Juventus, a partir dos 20 minutos do primeiro tempo, acabou sendo útil para Leão cobrar mais de alguns titulares e para desenvolver o seu trabalho de preparação psicológica do grupo para o jogo de quinta. Nas conversas com os jogadores ele disse que o que aconteceu diante do Paulista, no meio da semana passada, na Vila Belmiro, quando o time poderia ganhar até por sete ou oito a zero e quase permitiu o empate (3 a 3), no finalzinho, e no domingo, não foi novidade.

Mas, com certeza, ele vai pedir para que o time não se desespere à procura do gol nos primeiros minutos, mesmo porque a tendência é que o América, jogando em casa e com apoio da torcida, tome a iniciativa. “Quando voltei para o Santos, falavam que o time não conseguia ganhar fora e hoje eu sei o motivo. É que ele jogava para empatar e acabava perdendo. Um time como o Santos tem que jogar sempre para ganhar e nunca abandonar o seu estilo ofensivo mas sempre tomando alguns cuidados. Contra o América, teremos que jogar com inteligência.” A tolerância de Leão em relação ao fraco desempenho do time até aqui no Paulista deu bom resultado, tanto que alguns jogadores se sentem em dívida.

Diego, substituído no segundo tempo das três partidas, além de concordar com a decisão do técnico, promete compensar a falta de ritmo com mais aplicação. “Depois de conquistar o Brasil, o Santos vai ganhar a América, respeitando os adversários e sem precipitação. Nossa idéia é atingirmos o objetivo degrau a degrau. Temos consciência de que nesse momento todos estão na obrigação de dar uma contribuição maior para o grupo.”

Ao contrário de Elano, que despertou logo que amanheceu de tanto pensar na Libertadores, Diego por pouco não perdeu a hora – 7h30 – determinada para os jogadores se apresentaram no CT. “Tenho o sono pesado demais e nem as campainhas de dois despertadores conseguiram me acordar. Só despertei com o telefonema da minha namorada (Bruna). Isso não quer dizer que a estréia na Libertadores não esteja mexendo comigo. Sinto um friozinho na barriga, o que acaba sendo bom porque me motiva mais ainda.” O Santos saiu do CT Rei Pelé às 9h30, embarcando em Cumbica às 12h45 para Cali, onde chega às 24h de hoje, pelo horário brasileiro.

Outro jogo

12 de Octubre x El Nacional.

América x Santos

América: Julián Viáfara; Iván López, Rubén Bustos, Luis Carlos Asprilla e Pablo Navarro; Jorge Banguero, Fabián Vargas, James López e David Ferreira; Julián Vásquez e Oscar Villarreal. Técnico: Fernando Castro.

Santos: Fábio Costa; Reginaldo Araújo, André Luís, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Emerson Leão

Local: Pascual Guerrero, Cali, Colômbia. Horário: 00h05 de Brasília.

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