Santos pragmático no Paraguai

Santos – O técnico Emerson Leão assumiu uma postura pragmática para a partida de hoje do Santos, contra o Guarani, no Paraguai, pela quinta rodada da Copa Libertadores da América. O treinador sabe que o time paraguaio terá de atacar, já que precisa da vitória para conseguir a classificação para a próxima fase. Por conta disso, promete que seu time irá “jogar com inteligência” para surpreender o adversário. Isso significa marcação mais forte no meio-de-campo, com Paulo Almeida e Claiton, e Elano jogando mais recuado, como ala-direita. Diego, contundido, e Robinho, suspenso, são os grandes desfalques do time, que terá de contar com a criatividade de Renato e de Luís Augusto na armação das jogadas de ataque.

No jogo anterior entre as duas equipes, disputado na Vila Belmiro, o Santos marcou no primeiro e último minuto da partida, mas deixou que os paraguaios marcassem dois gols e por pouco não perderam a partida. Leão não quer mais esse tipo de risco e lembrou que o empate foi de 2 a 2, “mas foi um resultado desigual e que podíamos ter ganho de 6 a 1. Isso não ocorreu porque não fomos competentes na hora de definir e espero que lá, jogando contra um time que precisa atacar, a gente encontre maior liberdade e não erre mais”.

Leão não entra no mérito das arbitragens dos jogos anteriores, mas a Conmebol tem insistido em escalar juizes argentinos. “Eu penso que estamos treinando para disputar o campeonato argentino”, reagiu o treinador com ironia. Ele entende que, como é uma competição latino-americana, juizes de outros países poderiam também ser escalados para apitar as partidas do Santos.

Empate

Basta um empate para os santistas conquistarem por antecipação o primeiro lugar no grupo 7 da Libertadores, mas isso nem passa pela cabeça dos jogadores. “Na pior das hipóteses, o empate nos interessa”, disse o técnico Leão, que exige a vitória para o time entrar embalado na semifinal do paulista, contra o São Caetano. Como o objetivo é passar também por esse adversário para disputar a final do campeonato estadual, com jogos marcados para os dias 11 e 18, nada como jogar classificado contra o Jorge Wilstermann, na partida prevista para o dia 14, encalacrada, portanto, no meio da decisão paulista.

Os jogadores do Santos esperam para hoje uma partida bem diferente daquela disputada na Vila Belmiro. “Foi nosso único empate”, disse o atacante Basílio, para quem o time “criou muitas chances e não conseguiu reverter em gols”. Já o adversário, lembrou, conseguiu marcar dois gols em contra-ataques que surpreenderam a defesa, “Vamos jogar mais atrás e sair no contra-ataque, pois os resultados desse esquema em jogos anteriores foi bom”, disse o jogador.

O zagueiro André Luís espera um jogo em que seu setor terá mais trabalho, pois os paraguaios deverão sair para o jogo em busca da vitória. “Temos de estar muito atentos, pois tomamos dois gols no jogo anterior contra esse adversário que tinha vindo na Vila Belmiro em busca de um empate, que acabou conseguindo.”

Ele acha que com o esquema adotado por Leão o meio-de-campo ficará mais fechado, facilitando o trabalho da defesa e permitindo que a velocidade de Basílio e Luís Augusto seja explorada para seu time chegar à vitória. Mas um empate não resolve? “Resolver, resolve, mas o Santos só joga para vencer” concluiu André Luís.

Escalação

O Santos entra em campo com Doni; Elano, André Luís, Alex e Léo; Paulo Almeida, Claiton, Renato e Luís Augusto; Basílio e Robgol.

Guaraní promete atacar o Peixe

Assunção –

O técnico do Guaraní, Mario Jacquet, promete colocar em campo uma formação ofensiva na partida desta quinta-feira, em Assunção. Osvaldo Díaz, Pablo Gimenez e Víctor Hugo Cabrera terão a missão de marcar os gols que podem colocar o time paraguaio mais perto do Santos na briga pela liderança do grupo 7 da Libertadores.

O Guaraní está quatro pontos atrás da equipe brasileira. Para chegar ao primeiro lugar e não depender das vagas destinadas aos cinco melhores segundos colocados, precisa não só vencer nesta quinta-feira e também na última rodada, além de torcer por uma combinação de resultados.

“Queremos chegar o mais longe possível porque nosso time nunca pôde brigar por importantes conquistas internacionais”, ressalta o meia Osvaldo Díaz. “A vantagem de jogar em casa é receber o apoio da torcida, mas são 11 contra 11.”

Guaraní: Nelson Bernal; Gilberto Velázquez, Fidel Amado Pérez, Julio Manzur e Aureliano Torres; Edgar González, Pedro Irala, Gustavo Arce e Víctor Hugo Cabrera; Osvaldo Díaz e Pablo Gimenez. Técnico: Mario Jacquet. Árbitro: Sergio Pezzota (ARG).

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