Santos mantém o “pé no chão”

O técnico Leão começou a preparar seus jogadores para o confronto final com o Corinthians ainda no vestiário do Morumbi e hoje prossegue esse trabalho em Jarinu, onde a equipe está concentrada. Mas ontem os jogadores pareciam ter aprendido bem a lição. “O professor Leão já conversou tudo com a gente e não tem empolgação, não tem menosprezo algum com o adversário, que é uma grande equipe e que merece todo o nosso respeito”, disse o lateral-esquerdo Léo, um dos atletas mais experientes do grupo.

Todos esperam uma partida muito mais difícil, com marcação mais forte por parte do Corinthians, mas ninguém fala em usar a vantagem, que permite ao Santos ser o campeão brasileiro mesmo perdendo por diferença de um gol. “É uma final e não podemos pensar em jogar para perder”, disse a maior estrela do time, o atacante Robinho. Por isso, ele acha que o Santos não tem que mudar sua forma de atuar. “O Corinthians precisa do resultado, vai sair para o jogo e nós temos que continuar fazendo a marcação sob pressão e aproveitando os contra-ataques”.

“Pensamos só em ganhar e, mesmo tendo um jogo dos mais difíceis pela frente, temos condições de conseguir um bom resultado”, completou Robinho. Diego lembra que o Santos não deve jogar nem pelo empate que dá o título. “O time que joga para empatar acaba perdendo e essa não é a característica do Santos, que joga sempre para vencer”, comentou o meia.

Detalhes

Pelo discurso dos jogadores, nota-se o cuidado de Leão com todos os detalhes para esse jogo decisivo. Assim como tem orientado os jogadores dentro de campo, passando ao jovem elenco toda a experiência que teve no futebol, passa o tom das entrevistas aos jornalistas. Em nenhum momento permitiu que os atletas entrassem em polêmica com o adversário e as palavras de ordem como “favoritismo do adversário”, “jogar com humildade e respeito” prevalecem em todas as entrevistas.

Leão cuida do aperfeiçoamento técnico e tático da equipe e sabe que precisa equilibrar o entusiasmo do grupo com o cuidado para não ser surpreendido pelo adversário. Dá liberdade aos jogadores, mas está sempre pronto a cortar excessos. Tudo para criar o bom ambiente no elenco.

E é o capitão Paulo Almeida quem analisa o clima dos últimos dias: “nosso grupo é bem tranqüilo, formado por jovens que estão todos no mesmo barco, querendo a mesma coisa e esperamos ter uma semana calma para termos um bom jogo no domingo”. Se há uma guerra de estrelas na Vila Belmiro? “Aqui não”, responde, “estamos bem fechados e é normal um aparecer mais que o outro, dependendo da posição que joga, mas todo mundo é amigo de todo mundo; todos estão aparecendo nesta final do Brasileiro”.

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