Santos anuncia acerto com Ricardo Oliveira

O Santos anunciou ontem a contratação do atacante Ricardo Oliveira, que estava na Portuguesa desde 2001. A confirmação foi feita pelo gerente de futebol do clube, Ilton José da Costa. Ricardo vai ficar até o final da temporada na Vila Belmiro, pois obteve na 15.ª Vara do Trabalho de São Paulo seus direitos federativos com o auxílio da advogada Gislaine Nunes, que comprovou, entre outras irregularidades, que o jogador não recebia salários da Lusa há três meses, férias e 13.º salário há três anos, estava com os direitos de imagem atrasados desde a metade do ano passado e recebeu um cheque sustado para o pagamento de parte das luvas no valor de R$ 100 mil.

Segundo Gislaine, o jogador, de 22 anos, também não embolsou R$ 50 mil referentes à promessa de bonificação caso fosse convocado para a seleção brasileira. Ricardo foi chamado por Zagallo para o amistoso em que o Brasil venceu a Coréia do Sul por 3 a 2 em novembro. Dispensado pelo Corinthians quando ainda era júnior, Ricardo tornou-se artilheiro na Portuguesa. Inicialmente, teve o valor de seus direitos federativos estipulado pelos dirigentes do Canindé em US$ 8 milhões, quantia reduzida para US$ 5 milhões por determinação do Conselho de Orientação e Fiscalização. “Estou muito feliz com o acordo. Faltam apenas alguns detalhes, mas sempre sonhei em disputar a Copa Libertadores da América”, afirmou o atacante.

A negociação, no entanto, corre o risco de ser anulada. A Portuguesa promete entrar na Justiça tentando reconquistar os direitos sobre o jogador. Para evitar que isso ocorra, Hamilton Bernardi, procurador de Ricardo, afirmou ontem que pretende marcar uma reunião com Jerônimo Gomes, diretor de futebol do clube do Canindé.

“Não queremos o passe do Ricardo e sim, que a Portuguesa aceite emprestá-lo ao Santos. Vamos buscar uma conciliação para que ninguém seja prejudicado caso o atleta seja vendido para o exterior no final do ano”, explicou Hamilton Bernardi. O Santos terá direito a 30% do valor caso ele vá para fora do País.

Voltar ao topo