Saída de Renato Gaúcho foi nebulosa

Ser treinador do Atlético não tem sido tarefa fácil nesta temporada. Com o anúncio da saída de Renato Gaúcho, ontem, o clube vai em busca de seu sexto técnico na temporada, incluindo aí os jogos em que foi comandado pelo o interino Leandro Niehues, que também já deixou o Rubro-Negro.

A saída de Renato Gaúcho, embora ele tenha afirmado que foi uma decisão pessoal por problemas particulares, mesmo com informações de bastidores dando conta de que ele foi demitido, coloca o planejamento da diretoria em xeque.

Ainda que 2011 esteja no mês nove, este já é um ano para ser esquecido pelos atleticanos. O time tem rastejado desde o começo da temporada. A má fase instalou-se já no Campeonato Paranaense, com o time não conseguindo impedir o bicampeonato do Coritiba.

Só nesta competição, que teve duração de pouco mais de quatro meses, foram quatro treinadores: Sérgio Soares, Niehues, Geninho e Adilson Batista – esses dois dividindo a campanha na Copa do Brasil, na qual o clube foi eliminado nas quartas de final.

O Brasileirão começou com Adilson Batista no comando, que caiu sem vencer nenhum jogo.

Veio Renato Gaúcho, que chegou a apontar o planejamento como grande problema no Furacão.

Mas nem a evolução sob o comando do novo treinador tirou o time da zona do rebaixamento, onde se mantém desde o início da competição, com exceção da 16.ª rodada.

Mesmo assim, o presidente Marcos Malucelli defende que não houve erro de planejamento.

“Não digo que foi mal feito. É diferente. O planejamento não deu certo. Ninguém faz um planejamento mal feito. Fazem achando que vai ganhar, disputar títulos. Pode ter sido bem feito e não se concretizado. Foi o nosso caso. Se não tem resultado, não segura treinador. Não é o caso do Renato”, disse Malucelli.

Foi justamente a falta de pontuação, segundo Malucelli, que levou o Atlético a esse festival de entradas e saídas de treinadores.

A exceção é Geninho, que mesmo tendo 83% de aproveitamento, o melhor entre os comandantes rubro-negros, foi dispensado.

“Se pegar a nossa pontuação em 2011 perdemos pontos em casa em todos os torneios. Se tem boa pontuação, o treinador fica. Isso é da cultura. Achava que seria mais fácil manter um treinador por, no mínimo um ano, antes de eu assumir, mas vejo que na prática isso é inviável”, reconheceu Malucelli.