A fratura de uma das vértebras do atacante Neymar e a saída precoce do camisa 10 da seleção brasileira da Copa do Mundo tomaram conta dos principais noticiários do país nos últimos três dias. Em algumas situações, a lesão do craque e artilheiro do Brasil no Mundial com quatro gols, chegou a ultrapassar o nível de importância do que a partida de hoje, às 17h, diante da Alemanha, no Mineirão, valendo uma vaga na grande final do maior torneio de futebol do planeta.

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Anteontem, dois dias depois do jovem atacante da seleção brasileira sofrer a lesão no final da partida contra a Colômbia, em Fortaleza, surgiu a especulação de que Neymar poderia atuar na decisão da Copa do Mundo caso o Brasil passasse pela Alemanha. Porém, o médico da seleção, José Luiz Runco, desmentiu prontamente a informação e frisou que colocar o camisa 10 em campo em uma eventual final poderia prejudicar a carreira de Neymar.

Torcedores e a mídia em geral, nos últimos dias, chegaram a falar que o volante colombiano Zuñiga, responsável pela saída de Neymar da Copa, foi um dos maiores vilões da história do futebol brasileiro. O jogador, que de fato exagerou na entrada por trás sobre o camisa 10 da seleção brasileira e que sequer foi punido pelo árbitro Carlos Velasco Carballo, da Espanha, também não será penalizado pela Fifa.

Com a participação do craque vetada pelos médicos, o técnico Luiz Felipe Scolari terá que se virar com o grupo que tem na mão para tentar vencer a Alemanha e colocar mais uma vez o Brasil na finalíssima da Copa do Mundo. Entretanto, apesar de toda a lamentação da torcida brasileira e da mídia em geral com a ausência de Neymar, o Brasil terá a chance de provar que não depende apenas de um jogador para ser campeão mundial.

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Nos dois últimos jogos, contra o Chile, pelas oitavas de final, quando a seleção brasileira se classificou nos pênaltis, e diante da Colômbia, Neymar não esteve bem, não repetiu as grandes atuações de outras jornadas, mas mesmo assim o Brasil se classificou para a semifinal da Copa do Mundo. Porém, diante da Alemanha, o técnico Joachim Löw não terá que colocar pelo menos dois jogadores na marcação do camisa 10 e poderá reforçar o setor defensivo diante do time de Felipão.

1962

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Guardada as devidas proporções, na Copa do Mundo de 1962, disputada no Chile, a seleção brasileira perdeu Pelé ainda na primeira fase. O temor naquela oportunidade foi parecido com o cenário atual, mas o Brasil se superou, venceu grandes adversários e conquistou o título do Mundial daquele ano com Amarildo substituindo o Rei do Futebol. Assim, a partir de agora, caberá a Hulk, Oscar, Fred e companhia, a missão de assumirem o papel de Garrincha, Vavá e Didi daquele ano, que conduziram o selecionado brasileiro ao segundo título mundial.