Foi no gramado do Mineirão que Ronaldo
começou a marcar seu nome no mundo
do futebol, quando defendia o Cruzeiro.

Teresópolis – Ronaldo tem saudade do Mineirão. Há dez anos não pisa no gramado do estádio mineiro. Foi ali que tudo começou. Moleque das categorias de base do Cruzeiro, começou a escrever seu nome no futebol com uma avalanche de gols. “Tenho um carinho especial pelo Mineirão. Vai ser emocionante voltar a jogar lá”, disse o Fenômeno.

“Estou com saudade mesmo do Mineirão. Minha última partida lá foi contra o Botafogo, em 94. Faz tempo, né?” A sintonia com o estádio é tão fina que Ronaldo lembra com detalhes o gol que marcou contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro de 94.

“Foi o mais interessante. O goleiro era o Rodolfo Rodrigues. Ele ia repor a bola em jogo e não me viu. Vim por trás, quando ele colocou a bola no chão, corri e chutei para o gol. Bacana”.

Aquele gol entrou na incrível marca do artilheiro. Em um ano como profissional do Cruzeiro, marcou 45 gols em 41 jogos. E tinha apenas 16 anos de idade.

Naquele mesmo 1994, entrou no grupo da conquista do tetra. Depois foi embora para a Europa. O resto da história é de domínio público. Mas tem uma parte nesse enredo que preocupa. Ronaldo, desde a Copa de 2002, não tem sido tão “mortal” na grande área. Na Espanha insinuam que é por excesso de gordura. O fracasso do Real Madrid contribuiu para aumentar a desconfiança, apesar do Fenômeno ter sido o artilheiro do Campeonato Espanhol.

Na seleção, mostrou que ainda tem apetite pelos gols. Marcou dois contra a Catalunha, dia 25. “Isso é bom, cada gol que marco emagreço um pouco”, disse, sem esconder a ironia.

Cafu quer vitória e “futebol show”

AE

Rio – O capitão da seleção brasileira, o lateral-direito Cafu, foi o exemplo da motivação e tranqüilidade atual da equipe, durante a apresentação de ontem no Aeroporto Santos Dumont, para o início dos treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis. O jogador admitiu o favoritismo do Brasil para o confronto de quarta-feira contra a Argentina, em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, assim como o desejo de uma vitória com a apresentação de um “futebol show”, que poderá assegurar ao grupo a liderança na classificação.

“Toda vez que o Brasil joga em casa é o favorito. Agora, temos que trazer o favoritismo para dentro de campo. Jogando em velocidade, com tranqüilidade e respeitando o adversário”, disse Cafu.

“Se conseguirmos vencer estaremos perto da liderança. E se a vitória vier com um futebol show será melhor ainda.” A possibilidade de um jogo violento ou desleal, por causa da rivalidade entre brasileiros e argentinos foi descartada por Cafu. O capitão da seleção recordou que não existe “rixa” ou prática de agressões durante os confrontos entre ambas equipes.

O meia Zé Roberto apontou a defesa argentina como o principal problema para o Brasil. Destacou a experiência dos adversários, mas lembrou que a seleção tem atacantes habilidosos e em condições de superar qualquer tipo de bloqueio ofensivo.

“Eles têm jogadores experientes, como o Ayala, e que atuam há muito tempo juntos. Mas, o Brasil está bem servido de atacantes que vão saber resolver isso”, falou Zé Roberto, que contou não estar se sentindo pressionado com o excesso de jogadores em boa fase na sua posição. “Isso é bom para o grupo e só serve para nos estimular na briga pela vaga no time.”

A seleção fica treinando na Granja Comary até segunda-feira, quando embarca para Belo Horizonte. Após o confronto contra os argentinos, a equipe segue direto para Santiago, onde no dia 6 de junho enfrenta o Chile também pelas eliminatórias.

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