O Fluminense programou uma festa para a estréia de Romário como profissional no estádio das Laranjeiras, mas uma dor na panturrilha da coxa direita impediu o homenageado de estar em campo, neste domingo, contra Olaria, no empate por 1 a 1, na rodada de abertura do Campeonato Carioca. Sem seu principal jogador, que assistiu ao jogo da sala de musculação, o Flu atuou de maneira desorganizada e distante de mostrar o bom futebol apresentado nas finais do Campeonato Brasileiro de 2002.
O desequilíbrio emocional dos jogadores do Fluminense por causa da ausência de Romário foi visível no início do primeiro tempo. Muitos passes errados e desatenção à marcação do adversário. Bem armado defensivamente, o Olaria aproveitou a instabilidade do adversário e abriu o placar aos 23 minutos, com o atacante Nilo. Ele estava livre dentro da área e marcou de cabeça.
Enquanto o jogo transcorria, formou-se um tumulto fora do campo. O motivo da agitação foi a chegada da mãe e da namorada de Romário, Lita e Isabele, respectivamente. Grávida de quatro meses, Isabele quase foi agredida na confusão armada por fotógrafos e curiosos, o que irritou o atacante. Resultado: ele decretou a lei do silêncio.
Alheio ao burburinho com Romário, Fábio Bala, o seu substituto, estava jogando bem e sofreu pênalti aos 25 minutos. Mas o meia Renatinho desperdiçou a cobrança. Depois, em uma jogada individual, Fábio Bala marcou o gol de empate, ao chutar de esquerda aos 43.
No segundo tempo, o Fluminense conseguiu mostrar um pouco mais de organização dentro de campo, mas também permitiu que o Olaria chegasse com perigo ao ataque. Fora de campo, o silêncio de Romário foi substituído pelas explicações de seu fisioterapeuta, Fábio Marcelo. Ele lamentou a “surpresa desagradável”, porque o atacante realizou toda a programação de treinamentos durante a semana e não sentiu nenhuma dor.
Além da frustração de não contar com Romário, o Fluminense não conseguiu superar o bloqueio defensivo do Olaria e ainda foi obrigado a amargar um empate dentro de casa.