São Paulo – Os números oficiais da Fifa colocam o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, a cinco gols da glória. Se marcá-los, superará o paraguaio José Luis Chilavert como o goleiro que mais gols fez na história do futebol profissional.
Rogério marcou 58 vezes e Chilavert, 62.
E é fácil prever que não demorará para que o paraguaio seja ultrapassado. É só lembrar que, apenas neste início de ano, Rogério já marcou seis vezes. E que no ano passado chegou a fazer 21 gols.
A diferença poderia ser ainda menor, mas a Fifa não aceita dois gols feitos por Rogério. Em 1998, ele marcou, de falta, contra Clemer, em um jogo do São Paulo contra o combinado Rio de Janeiro e São Paulo. E, em 2000, o gol de falta foi contra Lutsenko, do Uralan, da Rússia, pelo torneio Constantino Cury. Também não são contados, é lógico, gols em decisões por pênaltis.
E justamente um deles foi dos mais comemorados.
Na Libertadores de 2004, o São Paulo disputava uma vaga na quarta-de-final contra o Rosario Central. Ganhou por 2 a 1, depois de haver perdido a primeira por 1 a 0. Estava perdendo também nos pênaltis, mas Ceni defendeu a cobrança de Gaona (também goleiro) que garantiria a classificação dos argentinos. Em seguida, converteu. O São Paulo classificou-se com 5 a 4.
Os gols de Rogério Ceni cresceram muito no ano passado, quando ele começou a cobrar pênaltis, depois de alguns erros de Diego Tardelli. Marcou nove.
Nunca aconteceu de Rogério Ceni fazer um gol e o São Paulo ser derrotado. Em três oportunidades, ele fez dois gols em um jogo: em 1999, contra a Inter de Limeira; em 2004, contra o Figueirense; e em 2005, contra o Tigres.