Rivaldo pertinho do Milan

São Paulo – O destino profissional de Rivaldo deve ser definido no início da tarde de hoje. Pelo menos esse é o prazo pedido pelo Milan para responder às últimas exigências do pentacampeão do mundo. A intenção do clube italiano de fechar negócio permanece inalterada e sua oferta é mais concreta do que as que foram feitas por outros interessados.

Os representantes do Milan e de Rivaldo tiveram mais um dia agitado ontem. A primeira reunião ocorreu pela manhã, em escritório no Brooklin. Por um momento, a transação esteve a ponto de ser interrompida, depois que Airedo Braida, enviado pelo milionário Silvio Berlusconi, ameaçou desistir. O cartola italiano achou que não tinha mais como aumentar a oferta.

Braida retornou ao hotel em que está hospedado e disse que prepararia o retorno a Milão imediatamente. Trocas de telefonemas depois, retomou os contatos com Carlos Arini e Marcelo Arguelo, procuradores do meia-atacante, que se propuseram a rediscutir as bases para o contrato. O dirigente do Milan, os empresários credenciados que o acompanham, Arini e Arguelo resolveram então ir para Mogi-Mirim, onde Rivaldo curte as férias prolongadas.

O encontro começou no fim da tarde. Arini disse apenas que seu cliente havia cedido um pouco no que pretende ganhar, ao mesmo tempo em que Braida concordou em aumentar a proposta, com o aval de Berlusconi e de Adriano Galliani, vice-presidente do Milan – ambos os principais incentivadores da transação.

Braida pediu apenas mais algumas horas para refletir e garantiu que a resposta virá na tarde de hoje. De qualquer forma, deixou claro que as portas do Milan estão abertas para Rivaldo. Até o técnico Carlo Ancelotti, que no início não se mostrou entusiasmado, agora garante que o ex-astro do Barcelona será muito bem-vindo.

A questão é financeira. O Milan se dispôs a pagar US$ 4,5 milhões por ano, por duas temporadas – ou no máximo por três. Rivaldo pedia algo mais próximo dos US$ 6,5 milhões que receberia no Barcelona. Para sair acordo, o mais provável é que se chegou à soma intermediária, em torno de US$ 5,5 milhões. A saída para aumentar os salários, pelo menos de forma indireta, seria pagar mais por “direito de imagem”.

O caminho para o Milan começa a ficar livre, depois de o Real Madrid ter recuado e as presumíveis ofertas inglesas não vingaram.

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