Rildo Alves dos Santos, 34 anos, de Sertãozinho (SP), foi o vencedor da sétima Maratona Internacional de Curitiba. A campeã na categoria feminina foi gaúcha Rosa Jussara Barbosa, de Passo Fundo (RS). O brasiliense Wendel Silva Soares é bicampeão na categoria cadeirantes.
Os quenianos Metto Philemnon e Joshua Kipchumba ficaram, respectivamente, com o segundo e terceiro lugar.
A Maratona de Curitiba contou com a participação de 2.024 atletas e um público que se posicionou em vários pontos do trajeto de 42.185 metros. Somados, serão distribuídos R$ 120 mil em prêmios.
A disputa pelas primeiras posições na Maratona Internacional de Curitiba foi acirrada tanto entre os atletas do sexo masculino como do feminino. Poucos depois de o secretário municipal do Esporte e Lazer, Juliano Borghetti, dar o sinal de largada, pontualmente às 7h30, três mulheres despontaram como favoritas: Leone Justino da Silva, de Santos (SP), Maria das Graças Moreira, de São Paulo (SP), e a campeã, Rosa Jussara Barbosa, de Passo Fundo (RS).
As três correram juntas durante boa parte do percurso. O segundo lugar, no entanto, não foi para as outras duas, mas para Maria Sandra Pereira Silva, de Brasília (DF). Ela já havia vencido em Curitiba em 1999 e, neste ano, trouxe a mãe, Tereza França da Silva, 64, para torcer por ela.
Com exceção dos quenianos, que mantiveram as primeiras posições desde o início, o resultado do masculino foi uma surpresa para quem acompanhava as informações da prova na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.
Quando foi dada a largada, às 8h10, uma multidão formada por 1.741 atletas lotou a Cândido de Abreu. No quilômetro seis a dianteira era de Arnaldo Sales de Sá, atleta que também venceu a prova de 1999. Éder Moreno Fialho, de Petrópolis (RJ), também marcou presença na liderança. Mas quem cruzou a linha final foi Rildo Alves dos Santos.
Na categoria cadeirante competiram sete homens e duas mulheres. Na especial, que inclui deficientes visuais, físicos e mentais, havia 14 homens e duas mulheres.
O último atleta a cruzar a linha de chegada no tempo oficial da prova (6 horas) foi o corretor de imóveis José Augusto Pereira, de 36 anos, de Curitiba. Pereira chegou 5h57min42seg depois da largada. Pereira disse que completar o percurso já foi uma boa conquista e confessou que, no km 27, no Boqueirão, chegou a pensar em parar, quase vencido pelo cansaço. Para resistir, optou por correr um quilômetro e caminhar outro tanto, até que o corpo reagisse e voltasse a ter forças.
Na maratona de 2000 ele fez o tempo de 4h46min e já tem planos para o ano que vem. Vai intensificar o treinamento atualmente ele anda oito quilômetros por dia no Parque Barigui e voltar a competir na Maratona de Curitiba em 2004.
Por onde passaram, os atletas foram aplaudidos pelos curitibanos, que saíram às ruas para apoiar os maratonistas. Na largada, as arquibancadas instaladas na Candido de Abreu ficaram lotadas por parentes de corredores que, portando filmadoras e máquinas fotográficas, procuravam encontrar um rosto conhecido.
Mônica de Souza, de 33 anos, levou o filho de apenas nove meses para acompanhar a largada do marido, Sandro Pinheirinho de Souza, de 29 anos. “Quis acompanhar a saída e também estarei aqui na chegada dele”, contou.
Nos bastidores da prova, 90 estudantes de fisioterapia das universidades Católica, Tuiuti, Uniandrade e Dom Bosco ficaram a postos para atender os atletas no final da prova, Antes do início dela, apenas dois corredores procuraram atendimento. No posto médico, dez atletas reclamaram de dores de cabeça e muscular.
Logo cedo, personagens variados garantiram o colorido e a descontração no local da largada. Vestido de tigre, Antonio Inácio Xavier, 55 anos, de Niterói (RJ), foi um dos que chamou atenção. Ele contou que iria participar da 83.ª maratona com a roupa.
Antonio Eduardo dos Santos, 35, de Guarujá (SP), também chamou a atenção. Vestido de palhaço, portava uma fatia de melancia na cabeça e garantia, minutos antes da largada, que iria subir ao pódio. Outro atleta que despertou a atenção foi Evaldo de Jesus Souza, 26, que fez um corte de cabelo especial para a prova, formando uma cruz na cabeça.
A Maratona de Curitiba teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal e da operadora de telefonia celular Vivo. O percurso total foi de 42.195 metros e os competidores tiveram tempo máximo de seis horas para concluí-lo.