Ricardo Gomes culpa altitude pela derrota

Aconteceu o que o técnico Ricardo Gomes mais temia: os jogadores brasileiros sentiram demais os efeitos da altitude e não tiveram condição física para impedir que o México ganhasse, por 1 a 0, ontem à tarde, no Estádio Azteca, na final da Copa Ouro. Depois de parabenizar os mexicanos pela conquista, o treinador brasileiro foi sincero ao analisar o desempenho de sua equipe. “O jogo foi muito diferente daquele da estréia. Sentimos demais a altitude e não conseguimos jogar. A única coisa que pudemos fazer foi resistir até quando foi possível. Jogamos na raça até onde deu.”

A esperança de jogar com uma temperatura mais amena terminou às 11h50, a 10 minutos do início do jogo, quando as nuvens que encobriam o céu sumiram e o sol começou a bater forte no gramado do Azteca. “Percebi logo no começo da partida que nossos jogadores não iam conseguir render o que podiam. Os mexicanos souberam usar muito bem o fator altitude para impor um ritmo forte e desgastar o nosso time. Foi uma pena. Tenho certeza de que a história teria sido bem diferente se a final tivesse sido jogada ao nível do mar.”

Para complicar ainda mais a situação para o Brasil, os dois jogadores que criam os lances e pensam o jogo estiveram entre os que mais sentiram as pernas pesadas: Kaká e Diego. “O time sentiu falta deles. Infelizmente, os dois não tiveram condição de render o que vinham rendendo”, disse o treinador.

A derrota na final não alterou em nada a opinião de Ricardo Gomes sobre o elenco que trouxe para a competição. “Foi uma senhora experiência para eles. Não nos preparamos para a Copa Ouro e quase saímos daqui com o título. O México se preparou, foi o único time que jogou todas as partidas na mesma cidade e contou com a altitude. Estou muito satisfeito com o que os garotos mostraram ao longo da competição.”

Depois do jogo, a delegação brasileira sofreu no trânsito até chegar ao hotel, por volta das 15h40 (17h40, horário de Brasília).

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