Ricardinho Pozzi assumiu a condição de técnico de futebol há apenas sete meses. Neste período, sempre se manteve fiel às suas convicções. Cobra intensamente posse de bola, um bom passe e uma postura ofensiva. No seu primeiro clássico, promete não mudar esse perfil. Pela escalação, irá colocar o Paraná no ataque, apostando no retrospecto positivo em jogos disputados na Vila Capanema, onde o rendimento é de 74%.
“O clássico pode até ser diferente. Todos estão atentos a esse jogo. Mas, uma coisa não muda: ele será decidido lá dentro, apenas pelos jogadores”, disse Ricardinho, dando pouca importância ao retrospecto do duelo. O Paraná perdeu os sete últimos jogos que disputou com o Atlético, três deles na Vila Capanema. “E daí? Os jogadores são outros, o momento é outro. Isso vale apenas para estatística, mas não tem peso algum no desempenho dos times que entram em campo neste sábado”, frisou o treinador.
Na busca por uma vitória, após algumas experiências feitas nas últimas quatro partidas, Ricardinho retoma a formação com Arthur e Wendel no ataque. “Gosto do time assim, com um jogador mais à frente, dando opção para a tabela com os meias”, explicou o treinador. Com Wendel no time, Arthur volta à sua posição de origem, jogando com liberdade pelos lados do campo. Com a mudança no ataque, Welington acabou sendo “barrado” e o setor de criação será formado por Lúcio Flávio e Fernandinho.
As outras mudanças ocorrem na defesa, com Paulo Henrique retornando à lateral-direita e Alex Alves à zaga.
Até ontem, aproximadamente doze mil ingressos (sendo 1.220 do Atlético) já haviam sido vendidos, abrindo a perspectiva de “casa cheia”.
Acostumado com clássicos enquanto jogador, Ricardinho não demonstra ansiedade com o primeiro duelo na condição de treinador. Ele também minimiza o fato de que muitos jogadores também estão disputando hoje o primeiro clássico com a camisa tricolor. “Temos um grupo maduro. Muitos dos nossos jogadores já atuaram em clássicos por outros estados”, frisou. Em relação ao último jogo entre Paraná e Atlético, disputado no ano passado, o único remanescente – entre os titulares -é Paulo Henrique.