Ricardinho não fala sobre negociação

Belém (AE) – Já na noite de terça-feira, quando chegou a Belém, o meia Ricardinho admitiu que a possibilidade de deixar o Corinthians em breve existe. No treino de ontem, o jogador voltou a confirmar a informação, mas procurou deixar claro à torcida que pretende não deixar que as propostas que o seu empresário e o presidente Alberto Dualib estão discutindo afetem seu desempenho na equipe, que domingo tem um clássico decisivo contra o Fluminense pela Copa dos Campeões.

“O meu procurador, Rubens Pozzi, está resolvendo estas situações com a diretoria, especificamente com Seu Alberto (Dualib, presidente do Corinthians). Enquanto isso, meu pensamento é de dar continuidade ao meu trabalho e me preparar para o jogo de domingo, estar com o grupo”, disse o meia.

Ricardinho evita até mesmo um sentimento de despedida. “Estou bem concentrado no meu trabalho eu não posso pensar em uma hipótese sendo que nada aconteceu. Meu dia-a-dia continua o mesmo”, diz o jogador.

Ontem, o meia mostrou sua disposição de atuar domingo, participando do coletivo promovido pelo técnico Carlos Alberto Parreira pela manhã sob efeito do forte calor no estádio Baenão. Foi a primeira vez que Ricardinho voltou a treinar pelo time ao lado de Vampeta, companheiro de seleção.

Parreira, que em sua chegada afirmou que a dupla pode atuar apenas no segundo tempo do clássico, colocou os dois na reserva e deu atenção especial aos titulares dos dois primeiros jogos, Fabinho e Renato.

Laços

Assim como Ricardinho, Vampeta acredita que poderá contribuir com a equipe contra o Fluminense domingo. “Eu e o Ricardinho não perdemos tanto. Tiramos uma semana de folga merecida e acho que, como ficamos treinando na seleção, teremos condições de jogo se o Parreira quiser nos utilizar.”

Sobre o adversário, Vampeta disse ainda guardar boas recordações. “O Fluminense é um lugar onde tenho grandes amigos é um clube que me ajudou muito meu retorno ao Brasil em 95”, lembrou o volante que ganhou prestígio atuando no futebol alemão.

Parreira, que também tem fortes laços com o Tricolor carioca, acredita que o que a única coisa que falta ao time é ritmo de jogo. Segundo o técnico corintiano, a equipe vai bem, pois criou várias oportunidades de gol nos jogos contra o Náutico e o Paysandu. “A base física está muito bem instalada, agora só falta o ritmo. Para esta partida a gente espera uma melhora acentuada”, afirmou o treinador.

Sobre o fato que disputará a partida antes de Paysandu e Náutico, que entrarão em campo sabendo o resultado necessário para a classificação para a próxima fase, o técnico foi prático. “É simples: temos de ganhar. Se ganharmos estamos classificados independente dos outros resultados.”

Voltar ao topo