Ricardinho faz festa com a família

 

Denis Ferreira/AE

A festa na casa dos familiares do meia corintiano Ricardinho, 26 anos, começou logo depois da missa da qual ele participou neste domingo na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Curitiba. O jogador tinha ido rezar juntamente com o pai, após saber do corte do volante Emerson. “Fiquei triste, porque conheço o Emerson e imaginei o que ele deveria estar sentindo”, disse. Mas, quando entrou no carro, depois das orações, recebeu pelo telefone a comunicação de sua mulher, Juliana, de que era o substituto.

Ele não agüentou a emoção e chorou. “A gente fica um pouco baqueado na hora, mas já estou tranqüilo e muito feliz”, disse duas horas depois, já vestindo uma camisa da seleção. “Isso faz parte da minha profissão e sou consciente das situações e das coisas.”

Em férias junto com os familiares em Curitiba, onde ficaria até o dia 10, Ricardinho disse estar em boa forma física. “Estava treinando até a semana passada”, afirmou. Por conhecer a maioria dos jogadores convocados, tendo atuado com alguns em clubes e com outros na própria seleção nas três vezes em que foi chamado, ele não acredita que haja problemas de adaptação. E se dispõe a jogar na posição que o técnico Luiz Felipe Scolari quiser. “Se precisar jogo de volante, de meia, de atacante, não importa”, registrou. “O importante é ajudar a seleção e ter disposição”, disse. “Vou me juntar ao grupo para que possa trazer essa conquista.”

O jogador viajará neste domingo, por volta da meia-noite, com previsão de desembarcar 26 horas depois em Ulsan, na Coréia do Sul. “Espero chegar lá e já termos conseguido a primeira vitória.”

Trabalho – Para ele, a convocação foi resultado do trabalho de todo o grupo do Corinthians no primeiro semestre. “Espero retribuir com meu trabalho e minha dedicação”, acentuou. “Viajo com o pensamento de que vamos conquistar esse título.” Ele disse não ter ficado chateado com o fato de não ter aparecido na primeira convocação. “Na minha posição há um leque de opções”.

Segundo Ricardinho, que tem acompanhado alguns jogos da Copa do Mundo, o que tem sobressaído é a parte física. “Há muita correria e marcação”, avaliou. “A copa tem provado que a equipe que não se preparar, que não estiver bem, independente do adversário, vai passar dificuldade.” O preparo ele já demonstrou neste domingo, pois não faltaram pessoas para cumprimentá-lo desde o instante em que a notícia da convocação ganhou os ares, além das inevitáveis entrevistas e o atendimento de uma série de crianças que queriam autógrafos.

Entre as mais festivas estava a mãe do jogador, Rosely, que não parava de sorrir. “Até a primeira convocação, eu tinha esperança de que ele seria chamado”, disse. “Quando ele não estava entre os chamados, já fiquei imaginando que ficaria para a próxima copa.” Neste domingo, ela já sonhava com a possibilidade de conseguir a camisa titular e, quem sabe, fazer o gol do título.

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