Ricardinho dá carta branca para as revelações do Tricolor

O Paraná realizou até aqui apenas dois jogos-treinos em 2012. Um contra uma equipe de jogadores sem clubes (2 x 0) e o Internacional de Campo Largo (4 x 1). Os seis gols marcados nas duas vitórias – e apenas um sofrido -foram suficientes para agradar o técnico Ricardinho.

Apostando em um elenco jovem, muito por conta das dificuldades do Tricolor em encontrar nomes expressivos que se encaixem no orçamento do clube, o treinador se mostra satisfeito com o grupo que tem em mãos. “Se eu aposto no potencial deles neste início, até em virtude de não termos opções no mercado, é porque eu sei que eles têm algo para dar ao clube. Então, primeiro temos que observá-los para depois trazer outros”, apontou.

Do elenco que terminou o ano passado, somente 7 continuaram no clube, enquanto outros 7 foram contratados, 2 retornaram de empréstimos e outros 11 vieram da categoria de base – alguns até com passagem pelo time principal anteriormente, como o meio-campista Luisinho e os atacantes Davis e Néverton. Das contratações, somente o zagueiro Alex Bruno, com 29, tem mais de 22 anos.

As apostas de Ricardinho estão dando retorno. Nas duas partidas, metade dos titulares foi revelada no clube, entre os que já estavam em 2011 e os que foram integrados somente agora. Dos seis gols, três foram dos garotos puxados da base -Luisinho, Henrique Alemão e Néverton. Os outros três foram assinalados pelo já rodado atacante Wellington Silva, que, ao lado do lateral-direito Paulo Henrique, voltou de empréstimo.

Números que dão respaldo para Ricardinho, mas que, segundo ele, não querem dizer nada no momento. Somente após uma sequência de partidas é que o treinador irá fazer uma avaliação completa de cada atleta. “Eu aposto e dou toda a credibilidade para estes jogadores. Eles estão correspondendo e temos que acreditar. Não é um treinamento bom ou ruim que mudará o meu conceito, mas sim uma sequência e uma produção”, declarou.

Por isto, Ricardinho dá total tranquilidade para o elenco, que, pelo menos por enquanto, não treinará sob fantasmas de contratações de mais experientes. Reforços apenas em caso de necessidade ou por uma negociação que não possa ser desperdiçada. “Ninguém vai colocar pressão nestes jogadores”, esclareceu o técnico.