Reunião paranista não resolve por reforços

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Hideo manda ver no treino e pode ganhar chance no time principal.

A derrota para o Roma não foi bem digerida pela diretoria tricolor. Por mais que a reunião de ontem tenha sido rotulada de "rotineira", houve cobranças à comissão técnica pelo fraco desempenho da equipe. O próprio Paulo Campos admite ter sido surpreendido pela atuação do Paraná Clube. "Esperava um jogo fraco – conseqüência do pouco tempo de treinamento -, mas jamais a derrota", ponderou.

Dirigentes e integrantes da comissão técnica foram bastante evasivos sobre as questões discutidas no encontro. "No ano passado, sempre tivemos essas conversas. O objetivo é um acompanhamento mais próximo de tudo o que envolve o departamento de futebol. São reuniões de rotina", comentou o vice de futebol José Domingos. Além da análise técnica, na pauta ainda assuntos relativos a contratação de reforços e eventuais dispensas.

Nos últimos dias, vários nomes surgiram e alguns – como o de Marcelo Ramos – já foram descartados. Para evitar dissabores, há uma intenção dos dirigentes de só anunciar eventuais transações assim que tudo estiver acertado. Independente dessa postura de "menos transparência", é certo que Renaldo continua sendo "a bola da vez". É provável que até segunda-feira o tricolor acerte a volta do artilheiro para Vila Capanema.

Paulo Campos vem pedindo, além de um "matador", mais dois reforços: um lateral-direito e um meia-armador. As questões estão sendo analisadas, mas o clube, a princípio, quer ver em ação jogadores como os alas Vágner e Thoni, antes de investir em outro atleta para a posição. No meio-de-campo, além de André Chu – que estréia amanhã – o Paraná conta ainda com Alberoni. A documentação do atleta – que veio do Independiente (Argentina) está pronta, mas como a CBF esteve em recesso nos últimos dois dias, seu registro só será processado na próxima semana.

O sigilo vale também para quem deixará o clube. É certo que dispensas ocorrerão assim que novos jogadores forem contratados, pois o grupo será fechado com no máximo trinta jogadores.

Derrota causa mudança imediata

O fraco desempenho na estréia provocou mudanças imediatas no time. O meia André Chu teve sua escalação confirmada para o jogo de amanhã – às 16h, no estádio João Cavalcanti de Menezes – frente ao Engenheiro Beltrão. O técnico Paulo Campos estuda ainda a possibilidade de lançar o lateral-direito Vágner, evitando uma improvisação neste setor. A definição da equipe ocorrerá hoje pela manhã, em um treino tático-coletivo.

Em meio à pré-temporada, a comissão técnica optou por realizar ontem um trabalho específico de finalizações e minijogos para melhorar a condição individual do grupo. Participaram deste treino apenas 17 jogadores. O restante do elenco disputou um jogo-treino contra o Império do Futebol, no Pinheirão. Dentre o grupo que trabalhou com Paulo Campos, duas baixas. O volante Messias sentiu uma fisgada na coxa esquerda e não deve viajar. A outra ausência é de Alberoni, sem registro.

Com a presença de André Chu, espera-se maior dinamismo do setor de criação. Em anos anteriores – levando-se em conta o Brasileiro -, o Paraná obteve destaque com seus meias. Em 2003, o trio foi formado por Marquinhos, Fernandinho e Caio. No ano passado, o destaque ficou por conta de Cristian, Canindé e Marcel. O técnico Paulo Campos tentou, neste momento de reformulação, escalar três atacantes, com um ou dois deles compondo o meio-de-campo. A estratégia não deu resultado.

Maranhão e Wellington Paulista, agora, ficarão mais à frente, com a consequente saída de Sinval. André Chu entra no meio, para articular o setor ao lado de Edinho. A outra opção seria Hideo, que teve bom desempenho nos minutos finais do jogo contra o Roma, quando entrou em campo. Nos treinos, o ex-jogador do Combate Barreirinha também tem se destacado. A comissão técnica, porém, sabe que o meia está se adaptando ao futebol profissional e entrará aos poucos no time. O restante da equipe não deve ser alterado.

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