Retorno à elite pode ser confirmado nesta semana

O 1.º tempo impecável do Atlético contra o São Caetano no sábado passado – quando a equipe não deixou o rival jogar e abriu 2 x 0 no placar, praticamente selando a vitória por 3 x 1 – coloca o Rubro-Negro a 5 pontos de assegurar matematicamente a volta para a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Esta projeção pode se confirmar amanhã, se o Furacão ganhar do América-RN e o São Caetano for derrotado pelo Criciúma. Com essa combinação, ele poderá descartar resultados nas três últimas rodadas da Segundona. Vencendo o ASA-AL, sexta-feira, vai cumprir tabela contra Criciúma e Paraná Clube. Isso, no entanto, se o time não quiser brigar pelo segundo título da Série B. Campeão em 1995, o Atlético passou a ter chances de repetir o feito diante do desempenho dos rivais do G4 nas rodadas recentes. Só que neste caso, não depende apenas de seus esforços.

Pelos sites de estatística, como o Chance de Gol, o Atlético tem 4,89% de possibilidades de ser campeão e 95,7% de retornar à elite do futebol nacional. No Infobola, a matemática afirma que o Atlético está 93% na Primeira Divisão. Ainda de acordo com as projeções, além de Goiás, Criciúma, Vitória e Furacão, apenas São Caetano, com 10,8% (18%, de acordo com o Infobola) e Joinville, com 0,3% (1%, de acordo com o Infobola) têm chances de brigar por vaga no G4. Todos os cálculos se baseiam na tese de que o número mágico para o acesso é 70. Porém, dentro do Rubro-Negro, ninguém avalia que o acesso já esteja consolidado. “Abrir quatro pontos de vantagem para o quinto colocado agrada. Mas confesso que não nos nos tira do foco, em absoluto. A gente está muito atento, e ainda bem que já tem o jogo contra o América-RN, por que aí não dá tempo de comemorar”, resume o técnico Ricardo Drubscky.

O treinador, em vez de festejar a distância de 5 pontos do acesso, prefere exaltar o fato de que o time absorveu seu plano tático. Um esquema, aliás, mineiramente preparado. “Eles (os jogadores) abraçaram a forma de jogar. É uma forma de jogar com duas linhas de quatro, que joga pelas beiradas, com posse de bola, que não se omite”, autoelogia Drubscky, para quem o Atlético fez uma partida que beirou a perfeição tática. “A gente não está inventando. É um modelo de jogo ao qual eles se adaptaram bem. Valoriza o jogo de toque de bola, como o brasileiro gosta”, avalia o técnico rubro-negro, que amanhã pode repetir a equipe que venceu no ABC paulista, desde que o zagueiro Cléberson siga sem condições de jogo.