Dos profissionais que estão hoje no futebol paranaense, quem pode falar com mais propriedade sobre uma Copa do Mundo é René Simões. Ele pode dizer que esteve lá e participou ativamente classificando a inusitada Jamaica e até vencendo (2 a 1) um confronto contra o Japão, na Copa de 1998, na França.
Mas, mais que desportivamente, ele ressalta a importância da competição para as cidades e as pessoas que participam. “É muito legal. É uma coisa assim que deveria ser todo dia, o espírito fica tão bonito, você vê o negro com o branco, o bonito com o feio, o fraco com o forte, existe uma aura e não tem essa coisa de rivalidade com raríssimas exceções”, aponta.
Segundo ele, quem promove um Mundial só tem a ganhar. “É um ganho cultural muito grande, um legado que fica para a infraestrutura do país. A nossa maior vocação é o turismo e será uma chance muito grande de tirarem essa coisa que não dá para vir para o país por causa da violência. Violência tem em Nova York, tem em Paris”, compara. E o Brasil?
“Tem muitas coisas lindas, se você quer o frio, tem o frio, tem a montanha, tem o Pantanal, tem a floresta, tem mar. A diversidade de comidas, de culturas, é uma coisa fantástica e a Copa do Mundo vai promover o Brasil um pouquinho mais”, destaca.
No entanto, ele aposta mesmo é em Curitiba. “Acho que será uma grande surpresa para o mundo todo ver uma grande cidade com esse projeto que ela tem, projeto de saúde que poucas cidades do Brasil têm, um sistema de transporte excepcional, uma cidade extremamente arborizada, culturalmente forte e acho que Curitiba vai surpreender todo mundo”, finaliza o treinador do Coritiba.