Renaldo empolgado com a nova casa

?Eu estou muito feliz aqui.? O centroavante Renaldo não esconde de ninguém a satisfação em estar no Coritiba. Para pessoas próximas, o jogador chega a falar com extrema empolgação da transferência para o clube. Tudo isso com apenas cinco dias de Alto da Glória e apenas um treinamento ao lado de todos os companheiros. Ontem foi o dia da apresentação informal do ?puro-sangue?, com Marquinhos fazendo as vezes de guia. O jogador não estréia amanhã, devendo fazer sua primeira partida pelo Coxa no sábado, contra o São Caetano.

Renaldo ficou ao lado do armador titular do Cori durante todo o trabalho da tarde de ontem, um dois-toques para os que não enfrentaram a Ponte Preta.

?Ele tem que ser mais animado, tirar essa ?inhaca??, brinca o centroavante. ?Eu vou ter que agüentar essa mala?, retruca Marquinhos. ?Ele é apenas um dos amigos que eu encontrei aqui. Além disso, senti que todos gostaram da minha chegada. Esse grupo é maravilhoso?, comenta o futuro camisa 9 do Coxa.

Aliás, a recepção que o Coritiba deu para Renaldo o deixa animado. ?Saber que a diretoria, a torcida e meus companheiros estão felizes com a minha contratação só me deixa mais motivado a tentar fazer história no Coxa?, afirma o jogador, que gosta também do estilo de atuar da equipe. ?É um time que joga para o ataque, que gosta de fazer gols. E esta é a minha responsabilidade?, resume. O posicionamento dele dá maior tranqüilidade aos outros atacantes. ?A chegada dele ajuda muito, porque é experiente e de muita qualidade?, reconhece Marcelo Peabiru, que será o centroavante titular contra o Galo.

Renaldo ficará de fora da partida para se preparar fisicamente. ?Estou bem, mas a comissão técnica quer que eu fique pronto não para uma partida, e sim para o campeonato inteiro. E eles têm razão?, afirma o jogador, que passou por uma bateria de exames nos últimos dias, mas que está mesmo preocupado em fazer as redes adversárias balançarem. ?A minha vontade é de jogar logo e fazer gols, pois é assim que vou retribuir a recepção que eu tive?, completa.

Time pôs ?coração na chuteira?

O Coritiba é o time que mais criou oportunidades de gol no Campeonato Brasileiro. É também uma das poucas equipes que atuaram na competição com apenas um volante e quatro jogadores de armação, todos de características técnicas. Com este estilo, o Coxa vinha de uma vitória nas sete rodadas que antecederam a partida contra a Ponte Preta. E para retomar o caminho do sucesso, a fórmula foi simples: colocar a aplicação acima da categoria.

O próprio técnico Cuca tinha lamentado na semana passada o fato do Coxa ter qualidade mas não conseguir transformar isso em gols. E a má atuação contra o Corinthians suscitou críticas em um ponto fundamental – para parte da torcida, tinha faltado vontade. ?É a típica coisa que mexe com os brios dos jogadores?, resume o meia Marquinhos, que não enfrentou a Macaca. ?Eu percebi, vendo de fora, que estava todo mundo mostrando que tem qualidade e vontade de estar atuando pelo Coritiba?, completa.

Esta talvez seja a definição mais clara da presença alviverde em Campinas. ?Nós buscamos o resultado a qualquer custo?, afirma o jovem volante Rodrigo Mancha, que estreou no time profissional domingo e foi um dos destaques da equipe. ?Todo mundo entrou com vontade de vencer a partida?, reitera o jogador. Com tanta vontade, dois fatores sobressaíram: o número de desarmes, que foi o maior do Cori em todo o Brasileiro, e o aumento das faltas.

A comissão técnica esperava este resultado, pois a intenção era exatamente ter uma equipe mais aguerrida, tentando aliar à qualidade uma atitude mais determinada. ?Vendo no papel, eram oito jogadores de força no time titular?, afirma o preparador físico Róbson Gomes. ?Os meninos entraram brigando pelas jogadas, sem desistir um momento sequer?, elogia o auxiliar Eudes Pedro. ?O Brasileiro é assim, uma guerra. Temos que encarar toda partida como uma decisão?, afirma Marquinhos.

Um dos ?guerreiros? foi Marcelo Peabiru, elogiado por Cuca e já confirmado para a partida de amanhã, às 20h30, contra o Atlético-MG. O centroavante representou a alteração de atitude no ataque, que passou a contar com um jogador de ofício. ?Eu estava esperando uma chance dessas. Era para eu ter estreado contra o Botafogo, mas agora deu tudo certo. E tive a felicidade de marcar um gol, que foi importante por causa das críticas que os atacantes estavam sofrendo?, diz.

É o gosto da vitória sobre a Ponte – de desafogo, de alívio, de resposta aos críticos.

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