Dos 35 anos de vida de Reginaldo Nascimento, 2011 será o 13º ao qual ele jogará um Campeonato Paranaense. Tais números irão render ao volante do Rio Branco de Paranaguá o título de jogador em atividade que mais atuou no principal campeonato de futebol do Paraná. Em bate-papo com o Paraná Online, o veterano meio-campista contou um pouco de seu feito e de sua carreira.

Lembra-se de quantos paranaenses já jogou?

Mais de 10. Comecei profissionalmente em 1995, no Matsubara, no ano seguinte fui pro Coritiba e terminei meu ciclo lá em 2005. Depois, em 2008 e 2009, joguei pelo Iraty.

Agora estou no Rio Branco pra 2011. Com esse tempo todo, acho que já joguei em todos os estádios do Paraná, em cidades que tiveram seus times na primeira divisão.

Qual a diferença do Estadual de quando você começou para agora?

Sem potências como Londrina e Grêmio Maringá, se perdeu um pouco do charme do campeonato. Fico triste com isso. O Londrina ainda tem o Sergio Malucelli assumindo o clube. A cidade é grande e precisa de um futebol forte.

Maringá também merece ter um time mais forte, para que o Campeonato Paranaense se torne, assim como o Mineiro, Gaúcho, Carioca e Paulista, uma referência nacional. Ainda assim, surgiram outros valores como o Corinthians Paranaense.

E sobre o rumo do Matsubara, atualmente na Terceirona?

O Matsubara é mais complicado. É um time de dono e talvez as pessoas não tenham esse vínculo com o futebol. É um time de pouca torcida.

Quais as diferenças estruturais do seu começo até agora?

Bom, desde que comecei nas categorias de base do Matsubara, o clube já tinha uma estrutura muito grande pra época (a Vila Olímpica de Cambará, local datado da década de 1980 e considerado o primeiro centro de treinamentos do Paraná).

Em 1995 eu cheguei no Coritiba e o clube ainda estava montando um CT, o que hoje é fundamental. Essa logística de treinamentos fora de campo, de ter esses aparatos de musculação, entre outros, se tornou necessária.

Tem algum momento especial na carreira?

Minha história no futebol se deve muito ao Campeonato Paranaense. Desde o início no Matsubara até os títulos de 1999, 2003 e 2004 com o Coxa. Tudo isso é inesquecível, mas principalmente o último título, por ser contra o maior rival, dentro da Baixada.

Você esteve no Trieste. O que te fez voltar ao profissional?

Na verdade, eu tinha pensado em parar de jogar e lá disseram para eu jogar mais um pouco. Joguei o amador, pois não queria ficar totalmente parado, pois meu último torneio havia sido o Estadual em 2010 pelo Juventus, em Santa Catarina.

Qual sua expectativa para o Paranaense 2011?

É a melhor possível. Nosso time está se programando para ser competitivo. Temos poucas informações dos times do interior, mas a promessa é que nosso trabalho aqui no Rio Branco será bem feito.

O que acha desse ‘título‘ de jogador atual que mais jogou o Paranaense?

Fico feliz, pois você vai jogando e são poucos os atletas que ficam o tempo que fiquei em grandes clubes como o Coritiba. É automático ser um dos jogadores que mais jogou campeonatos paranaenses.

Isso vai se construindo durante a história, não foi de propósito. Quando se vê um recorde batido, uma m,arca que fica na história, é bacana por ser uma maneira de outras pessoas reconhecerem seu trabalho.

Jogará mais quantos Estaduais?

Esse vai ser o último. Mas espero continuar de perto acompanhando o futebol paranaense.

Antigo dono da coroa é treinador em São Paulo

Quem vai ficando para trás com a marca de Reginaldo Nascimento é o ex-atacante Alessio, que já vestiu as camisas de Londrina, Portuguesa, Paranavaí, Paraná Clube, Roma Apucarana, CAC/Lusa e Malutrom. O ex-jogador, que por 12 anos jogou campeonatos paranaenses, atualmente trabalha como auxiliar técnico do Grêmio Prudente-SP. ‘Fico feliz de ter passado tanto tempo com essa marca. Meu momento inesquecível foi o Gol do Fantástico que fiz em 1992, nas semifinais do Estadual, contra o Atlético. Ainda tenho aquele jogo gravado, com narração de Galvão Bueno‘, diverte-se, e completa. ‘Acho legal o Reginaldo ainda estar jogando, desejo sorte a ele e acho gratificante lembrar do Campeonato Paranaense‘.