Vida nova

Reginaldo Araújo inicia a carreira como técnico

Um novo desafio no futebol está começando para Reginaldo Araújo. Após pendurar as chuteiras no ano passado, aos 33 anos, o ex-lateral-direito do Coritiba dá seus primeiros passos na carreira de treinador. Desde fevereiro, ele trabalha como auxiliar técnico da equipe de juniores do Corinthians Paranaense. Um cargo ainda modesto, mas que, para Reginaldo, é a largada em uma nova profissão.

Revelado pelo Coxa no final da década de 1990, Reginaldo Araújo passou por outros grandes clubes, como São Paulo, Flamengo e Santos. No ano passado, defendeu o Rio Branco, de Paranaguá, onde decidiu encerrar a carreira após o Campeonato Paranaense.

Após fazer alguns cursos de treinador, Reginaldo foi convidado pelo ex-companheiro de Coxa e amigo Leandro Cuca, atual técnico da equipe sub-20 do Timãozinho, para trabalhar no Eco-Estádio. “Essa fase é sempre complicada. Após 15 anos no futebol, você tem que parar. E vai fazer o quê? O Corinthians me deu essa oportunidade, que é muito importante”, agradece.

Admirador do estilo de Abel Braga, com quem trabalhou no Alto da Glória e na Gávea, Reginaldo diz que a experiência como jogador ajuda, mas não é uma credencial automática. “Não quero estar ali só por ser um ex-jogador, mas por competência e dedicação. Quero estudar, cursar educação física, ir aprendo e evoluindo aos poucos nessa nova carreira”, afirma.

Mas o ex-lateral sabe que não é só o conhecimento tático e a experiência que fazem um grande treinador. “Um bom técnico tem que se impor. Dar conselhos, broncas… Para isso tem que ter uma boa índole, caráter, ser profissional. A equipe é um espelho de seu treinador. Se ele chega atrasado, faz confusão, que exemplo é esse?”, questiona.

Para incentivar a molecada, Reginaldo usa o exemplo do principal jogador revelado pelo time do Barigui. “Sempre digo pra eles que o Jucilei dormiu no mesmo alojamento, treinou no mesmo campo e hoje é um nome da Seleção Brasileira, joga na Europa. Se eles querem seguir esse exemplo, que se dediquem, se esforcem e sejam felizes. Porque é preciso ser feliz para estar no mundo do futebol”, ensina.

Voltar ao topo