Reforma do Beira-Rio para a Copa volta à incerteza

A reforma do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, para a Copa do Mundo de 2014 voltou ao terreno das incertezas nesta quinta-feira. Uma entrevista do presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, à Rádio Gaúcha, revelou que, ao contrário do que chegou a ser anunciado na semana passada, não há qualquer data prevista para a assinatura do contrato com o clube para o início da obra. “O prazo está sendo colocado pela ansiedade de terceiros, não por nós”, afirmou o executivo.

No dia 2 de março, a empresa anunciou que dispunha das garantias exigidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tomar o empréstimo de R$ 205 milhões necessário à obra. No dia 7, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), disse ter ouvido do presidente do Internacional, Giovanni Luigi, que o contrato seria assinado até o dia 13. Ao mesmo tempo, o governador Tarso Genro (PT), deu prazo até esta quinta para a solução do impasse ou a busca de outra alternativa, que poderia ser a negociação do clube com um grupo de empresas gaúchas.

Ao saber da entrevista do executivo em Brasília, Tarso disse que a relação do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) com a Andrade Gutierrez está “esgotada” porque a empresa não fez nenhuma proposta convincente. No modelo inicial, o banco estatal gaúcho seria o repassador da verba do BNDES, mas considerou as garantias oferecidas pela construtora como insuficientes.

No início deste mês, a Andrade Gutierrez teria procurado outro banco. O presidente do Internacional, Giovanni Luigi, tem se mantido em silêncio. O clube entende que já tem um acordo com a empresa, que deve buscar o empréstimo e oferecer as garantias para enfim formalizar o contrato.

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