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Raphael Veiga promete Palmeiras mais forte em 2018: ‘Estaremos mais maduros’

O meia Raphael Veiga quer apresentar em 2018 a mesma evolução que espera do seu time: o Palmeiras. A projeção do jogador é de os dois estarem mais maduros e preparados para a próxima temporada após passarem por um ano de momentos complicados e resultados abaixo do esperado para ambos.

O jogador de 22 anos está de férias e visitou o Estado nesta quinta-feira, onde participou do programa Estadão Esporte Clube, transmitido ao vivo pelo Facebook. Com a cabeça focada na próxima temporada e perto de viajar de férias para a Europa, Raphael Veiga se vê em situação parecida à do clube. O ano difícil fará os dois estarem mais bem preparados para 2018.

“O time com certeza virá mais maduro para o ano que vem. Foi um ano muito tenso, até pelas cobranças em relação ao investimento que foi feito em contratações”, disse. Raphael Veiga foi um dos 14 jogadores contratados para a temporada e atuou em 22 partidas, com dois marcados: um contra a Chapecoense, no amistoso em janeiro, e outro diante da Linense, pelo Campeonato Paulista.

Raphael Veiga admitiu ter jogado menos vezes do que o esperado, porém afirmou ter consciência que assim como o clube, ele estará mais maduro e preparado para 2018. “Não joguei o que eu esperava por diversos fatores, como mudança de técnicos. Isso atrapalhou”, disse. O Palmeiras teve três treinadores na temporada, ao iniciar com Eduardo Baptista, depois ter a passagem de Cuca e terminar o ano com Alberto Valentim. “Vejo esse ano como de aprendizado e de crescimento enorme. Vive coisas que nunca tinha vivido. Foi preciso se adaptar. É uma grande responsabilidade vestir a camisa do Palmeiras”, afirmou.

Contratado no começo do ano, o jogador revelado pelo Coritiba realizou um sonho da família, mais especificamente do avô, chamado Rafael. Pouco antes de falecer, ele disse para o neto, então ainda garoto, que se um dia tivesse oportunidade de jogar pelo Palmeiras, que deveria aproveitar.

Raphael Veiga relembrou essa conversa durante a entrevista e contou ter acompanhado jogos da equipe ainda no antigo Palestra Itália. O mais marcante deles foi a final do Campeonato Paulista de 2008, o último Estadual vencido pelo Palmeiras. Então com 13 anos, ele foi com o avô para torcer na vitória por 5 a 0 sobre a Ponte Preta.

“Quando estive a primeira vez no Allianz Parque passou um filme na minha cabeça. Até então eu ia até lá só para torcer. Agora, posso jogar e viver dentro de campo o que eu sentia fora dele. Era um sonho”, disse.

A chance de marcar gol na arena ainda não veio, mas o jogador disse ter paciência para esperar mais chances na equipe. Pelo menos em termos de conselheiros, ele está bem acompanhado. O agora aposentado Zé Roberto e o ex-meia Alex são amigos de Raphael.

Com Zé Roberto, o meia teve contato durante a convivência na temporada e aprendeu a admirá-lo pelo profissionalismo e liderança. O contato com Alex veio no começo do ano, em um encontro cujo tema foi a coincidência sobre a carreira dos dois. Ambos deixaram o Coritiba na mesma idade para reforçarem o Palmeiras. “É preciso ter paciência para poder jogar”, disse Raphael. “O Alex mesmo me disse que precisou esperar um pouco para jogar no clube. Estou trabalhando para ter minha chance”, comentou.

Se as chances ainda não vieram, pelo menos o primeiro ano no Palmeiras ajudou o novato a fazer amizades. O venezuelano Guerra é o companheiro de quarto na concentração, Willian é um amigo e Felipe Melo é um dos que Raphael mais admira. “Ele tem personalidade forte, mas um coração enorme e sempre quer ajudar a todos”.

Com viagem marcada para França e Espanha, onde pretende ver partidas de futebol, o meia refletiu que dentro do elenco do Palmeiras a expectativa para ser campeão em 2017 atrapalhou bastante o rendimento do time nas partidas. “A cobrança era muita no time, uma expectativa enorme. Às vezes estávamos ganhando um jogo por um placar mínimo e ainda sentíamos a torcida angustiada”, contou.

RUMORES – Apesar de querer entrar em campo mais vezes pela equipe, a possibilidade dele ser emprestado para ter uma sequência maior de jogos em outro clube está descartada. “Para mim até agora não chegou nada de propostas. Quero ficar no Palmeiras para ser campeão pelo time. Espero ter mais sequência no time”, comentou.

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