“Quero ser protagonista”, diz Dado Cavalcanti

Luís Eduardo Barros Cavalcanti ou, simplesmente, Dado Cavalcanti. O pernambucano de 31 anos vê no Paraná Clube o grande desafio de sua carreira, iniciada há seis anos, no futebol rondoniense. Será a sua terceira participação na Série B, mas, segundo ele, a primeira em condições de brigar pelo acesso. Comunicativo e bom de diálogo, Dado promete um time organizado e intenso, já para a largada da competição, dentro de exatos 16 dias. Ao lado do “braço direito” Wilton Bezerra (auxiliar-técnico) e do preparador físico Fred Pozzebon, ele falou sobre os planos para o Tricolor.

Por que o Paraná Clube?

“Outras propostas surgiram, até de Série A. Mas não gostaria de disputar uma competição apenas para não cair ou para vencer uma de três ou quatro partidas. Quero ser protagonista. Por isso fiz a escolha pelo Paraná Clube. O projeto apresentado vai ao encontro das minhas ideias. Tudo o que foi passado me seduziu e aceitei esse desafio de reconduzir o clube à Primeira Divisão, de onde não deveria ter saído. É a primeira vez que vou disputar uma Série B com perspectivas de buscar o acesso.”

Reforços

“Tive acesso às contratações. Quando começamos a conversar, há cerca de quinze dias, me foi apresentada uma lista. Até com poder de veto. As contratações feitas não são suficientes. Precisamos de mais, e isso já está sendo discutido internamente. Mas prefiro começar a competição com um grupo enxuto e esperar algumas situações de mercado. É importante ter espaço para alguns ajustes e eventuais correções de rota. Contratar nunca é fácil. Você pode trazer o Messi e não dar certo. Ele pode não se adaptar aos companheiros, ao treinador ou ao estilo de jogo. Se você acertar em 60% das contratações, foi um baita de um trabalho.”

Atletas do Mogi

“Se eu pudesse, traria vários. Mas sei que aqui também tem muitos jogadores de qualidade. A visibilidade do Paulistão é muito grande e há jogadores que receberam propostas fora do comum. Uma situação com a qual o Paraná, hoje, não pode competir. Mas,há casos onde até o poder de persuasão do treinador pode ser decisivo. É esperar.”

Série B

“É uma competição muito valorizada. Ainda mais neste ano, onde haverá maior visibilidade pela presença do Palmeiras. Será um campeonato extremamente difícil. Pela qualificação de alguns adversários e pelo poder de investimento de outros. Mas nós vamos entrar no mesmo nível, vamos entrar neste “bolo” para, quem sabe, no final do ano estarmos comemorando o acesso.”

Preparação

“A maioria dos nossos adversários dará sequência àquilo que já vêm realizando nos estaduais. Eu vou iniciar um trabalho. O tempo que não temos talvez possa ser compensado nessas mais de duas semanas de treinamentos. É preciso conhecer os atletas, suas virtudes e, principalmente, seus defeitos. Nossa preparação será em duas etapas distintas. Começamos, agora, um trabalho para os seis primeiros jogos. Depois, durante o recesso para a Copa das Confederações, faremos uma intertemporada, visando o restante da competição. É uma situação diferente. Se isso será benéfico ou não, só o tempo irá dizer.”

Perfil como técnico

“Tento fugir de estereótipos. Valorizo demais o treinamento. É o que traz a retaguarda para que o jogador desempenhe o seu melhor nos jogos. Treino, pra mim, é sagrado. Gosto das repetições, que é o que aperfeiçoa as necessidades de cada atleta. Sou uma pessoa muito comunicativa, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Costumo conversar muito com os jogadores. Na hora, de bater, vou bater, na hora de alisar, vou alisar. Mas sempre com respeito, numa relação interna. Todos os problemas são resolvidos no vestiário.”

Sistema tático

“Não é definido. A escolha é de acordo com os jogadores que eu tenho em mãos, por suas características individuais e coletivas. A forma como o time joga, aí sim é um conceito meu: tem que ser intenso em campo. E é isso que a gente vai cobrando diariamente, nos treinamentos. Meu foco inicial é dar um padrão de jogo ao time. Principalmente para estes seis primeiros jogos. É claro que não vou querer começar tudo do zero. Pretendo dar sequência àquilo que vinha sendo feito e usar o que o Paraná já tem de bom. Com a sequência do trabalho e a chegada de novos atletas, a gente tentará tornar o time cada vez mais competitivo.”

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