‘Quero ficar e fazer história no Palmeiras’, afirma zagueiro Jackson

Único jogador do Palmeiras que tem sido titular constantemente nos últimos jogos e que não tem contrato com o clube para o ano que vem é Jackson. O zagueiro está emprestado pelo Internacional até o fim do ano e deixa clara sua intenção de permanecer no time alviverde para a próxima temporada. Em entrevista exclusiva ao Estadão, o defensor contou o que fez para ganhar a disputa na zaga e lembrou de seu início de carreira no São Paulo.

Estadão – Após um ano de tantas mudanças, brigar por um título chega a ser surpreendente?

Jackson – A gente está feliz e essa desconfiança em nosso time vinha de fora, porque aqui todo mundo acreditava que dava para chegar na final e ir bem no Brasileiro. Agora temos um tempo para trabalhar e vamos chegar bem na decisão.

Estadão –Já se sente titular ou ainda precisa provar algo?

Jackson – Eu venho trabalhando forte desde o início do ano. Temos zagueiros de qualidade e uma disputa sadia. Se hoje eu sou titular, é fruto do meu trabalho e tenho de continuar nesse ritmo para manter o nível de atuação e satisfazer o Marcelo (Oliveira, técnico).

Estadão –Você é o único titular que não tem contrato com o Palmeiras para o ano que vem. Acha que vai ficar?

Jackson – Tenho contrato até o final do ano. Já houve uma conversa, mas nada definitivo. Meu interesse é permanecer por muito tempo aqui e agora é deixar nas mãos dos diretores e do meu empresário. Eu tenho que me preocupar dentro de campo. Meu contrato com o Inter é até 2017 e vencer a Copa do Brasil seria uma satisfação enorme.

Estadão –Se tiver que sair, voltaria para o Inter ou não tem mais clima?

Jackson – Se o Palmeiras não me quiser, eu volto tranquilo. Tenho muitos amigos lá, mas o pessoal do Palmeiras falou comigo e disse que quer contar com meu futebol. Independentemente dessa situação, vamos continuar trabalhando para irmos bem na Copa do Brasil.

Estadão –Dos titulares, você é um dos menos comentados e badalados. Por que acontece isso?

Jackson – Não sei, talvez seja minha maneira de ser. Eu não gosto de aparecer muito e sou tímido, mas não me incomodo. Eu lido bem com as críticas e com os elogios.

Estadão –Você começou na base do São Paulo. O que aconteceu para não jogar lá?

Jackson – Faltou oportunidade. Acredito que eu poderia ter me firmado no São Paulo, mas estou muito feliz por estar no Palmeiras. Agradeço ao São Paulo por tudo que ele fez por mim e estou feliz demais aqui no Palmeiras.

Estadão –Sente mágoa de alguém no São Paulo?

Jackson – De maneira alguma. Tenho muitos amigos até hoje no São Paulo.

Estadão –Você não gosta muito de dar chutões para afastar a bola…

Jackson – Sim, é verdade. Tenho essa característica de sair jogando e ter a posse de bola. Lógico que, às vezes, tem que dar o chutão mesmo para evitar risco, mas procuro tentar ao máximo sair jogando para meu time ficar com a bola no pé e não dar de presente para o adversário.

Estadão –Precisa ter técnica para fazer isso. A torcida toma alguns sustos com isso…

Jackson – (Risos) Verdade, mas é ter tranquilidade na hora para definir a jogada da melhor maneira possível.

Estadão –Qual sua referência na posição?

Jackson – Tem um cara que sou muito fã dele e até tive a oportunidade de jogar com ele, que é o Juan. Ele é um espelho e espero conseguir um pouco do que ele fez. No Palmeiras, gosto do Marcos. Espero fazer história aqui como ele fez.

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