Queniana afirma que superou pressão na São Silvestre

Nancy Kipron conseguiu superar um bloqueio psicológico para vencer a São Silvestre pela primeira vez. A queniana disputou a prova pela quarta vez, sempre como favorita, mas anteriormente seu melhor resultado tinha sido um nono lugar, no ano passado. “Eu venci muitas provas no Brasil, mas chegava na São Silvestre e não dava certo. Acho que era muita pressão”, contou.

A vitória com o tempo de 51min58, dez segundos à frente da etíope Netsanet Gudeta Kebede, foi com emoção, pois nos últimos metros a rival diminuiu um pouco a distância. “O começo da prova foi muito forte, gastei bastante energia, e isso dificultou meu lado no final. Mas treinei dois meses no Quênia para essa corrida, queria muito vencer”, explicou.

Agora ela só pensa em festejar. Como a prova ocorreu de manhã, terá tempo de voltar de van para Nova Santa Bárbara, no Paraná, onde treina na equipe Coquinho, e passar a virada de ano com os amigos. “Vamos celebrar juntos”, afirmou a garota, que poderá ver a queima de fogos e, na quarta, terá uma almoço especial para comemorar o novo ano com sua equipe.

Netsanet Kebede, que acabou confirmando a segunda posição, elogiou a prova e espera fazer melhor no próximo ano. “É uma excelente corrida, uma das melhores que já participei. Tem um percurso difícil, mas estava preparada porque treino assim sempre”, comenta. Em terceiro lugar ficou Jackline Sakilu, da Tanzânia, com o tempo de 52min29. “Foi uma prova muito dura, com um percurso difícil”, resumiu.