Quadra sueca para a Davis agrada brasileiros

Uma boa surpresa parecia estar guardada para a equipe brasileira da Copa Davis, no primeiro dia de treinos no local do confronto do próximo fim de semana diante da Suécia: a velocidade da quadra não é assim tão rápida como se esperava.

As condições são boas e agradaram em cheio a Guga & Cia., como avaliou o técnico Ricardo Acioly, o Pardal. “Foi uma bela surpresa”, disse Pardal. “Este é mais um motivo para alegrar os meninos e aumentar ainda mais a empolgação.”

As boas notícias são sempre bem-vindas, especialmente depois de tantas dificuldades encontradas no dia anterior, quando o time brasileiro sofreu para achar um bom lugar para treinar.

Acioly, ao estilo Felipão, quer que tudo caminhe como uma família na equipe e quando todos estão felizes, as coisas ficam mais fáceis.

O clima, apesar do incômodo do frio e da neve, é bom no time brasileiro e com muita seriedade nos treinamentos. Ontem, Gustavo Kuerten até mereceu uma sessão especial de treinamentos. Bateu bola com Acioly, o seu auxiliar técnico João Zwetsch e cumpriu uma rotina que costuma ter com seu treinador Larri Passos, aperfeiçoando golpes importantes neste tipo de quadra, como devolução de saque, rebater bolas baixas e batendo forte de fundo, tanto esquerda como direita, do jeito que mais gosta.

Guga também gostou da velocidade da quadra.

Comentou com Acioly e outros tenistas que o saque anda bastante, mas dá para bater bem e forçar as trocas de bola, como favorece seu estilo. “Foi bom ver que a quadra não está tão rápida”, afirmou Guga. “Além disso, essa bola é a mesma que costumamos usar nos torneios do Masters Series e já estou habituado com a velocidade.”

Enquanto Guga aperfeiçoa seus golpes, André Sá e Flávio Saretta se empenham em mostrar serviço. Embora o treinador já tenha advertido que o time titular já está escalado, os próprios tenistas parecem desconhecer o nome do jogador que estará jogando as partidas de simples na sexta-feira.

“Somos grandes amigos”, disse Saretta referindo-se a André Sá. “Mas estamos brigando por uma posição, sem esquecer que o mais importante é o sucesso da equipe.” A amizade entre os brasileiros está bem nítida. O clima amistoso também ficou claro com os suecos.

Os dois times se encontraram no treinamento da manhã e Ricardo Acioly até recebeu um presente de Mats Wilander, o capitão sueco. Dono de uma fábrica de bonés, deu aos brasileiros vários deles com as cores da bandeira nacional. Fez um grande sucesso. Todos saíram da quadra com o verde e amarelo na cabeça.

Na equipe sueca, o segredo também parece ser uma arma. Embora Wilander tenha declarado que Thomas Enqvist e Jonas Bjorkman serão os titulares de simples, os comentários são de que Magnus Larsson poderá entrar na equipe.

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