Punição faz Paraná jogar cinco seguidas fora de casa

O Paraná Clube decidirá fora de casa a sua sorte no Brasileirão-2003. A punição aplicada pelo STJD – com a perda de mando de duas partidas – obrigará o Tricolor a atuar fora de sua sede por cinco jogos consecutivos.

Além de Vasco e Figueirense, com mando do representante paranaense, mas fora de sua sede, o time de Saulo ainda irá enfrentar em território inimigo Atlético Mineiro, Grêmio e Criciúma. Após o jogo deste domingo, o torcedor paranista de Curitiba só voltará a ter contato com seu time no final de novembro, na partida contra o Cruzeiro – 23 de novembro.

Para se manter na luta por uma vaga à Copa Sul-Americana (hoje, na 10.ª colocação, o clube teria presença assegurada na competição internacional), o Paraná terá que conseguir um aproveitamento fora de casa similar àquele obtido até aqui na condição de mandante. Os jogadores lamentaram, mas preferiram manter a concentração apenas no próximo desafio: o Internacional, domingo, às 16h, no Couto Pereira.

“Temos um jogo decisivo pela frente e diante de um adversário qualificado. Não adianta dispersar o pensamento”, comentou o meia Marquinhos. Pela avaliação, há tempos o Paraná está jogando “fora de casa”, não escondendo sua preferência pelo Pinheirão. “Desde que saímos de lá, estamos jogando em campo neutro, mesmo com os recentes bons resultados no Couto Pereira”. O meia espera que o Paraná escolha um local próximo a Curitiba para sediar os jogos contra Vasco e Figueirense. “Assim, o nosso torcedor poderá acompanhar o time”.

A diretoria está analisando a questão e ainda hoje deve anunciar o local destes jogos. Há várias opções, mas irá pesar na escolha a possibilidade de uma boa arrecadação e o valor das despesas com o deslocamento da delegação. Maringá, Londrina e Cascavel são as cidades mais cotadas, mas não está descartada a possibilidade de se levar o jogo diante do Vasco para Santa Catarina. “Se jogarmos com estádio cheio e com apoio do torcedor, melhor”, disse o goleiro Flávio. Para ele, este é mais um desafio a ser superado. “Temos que entrar em campo e realizar um bom jogo, independente de onde for o jogo”, frisou.

“De tudo isso, o ruim é que nosso jogador perde a referência”, disse o técnico Saulo de Freitas. Ele também prefere não aprofundar-se no assunto e voltar atenções exclusivamente para o jogo do próximo fim-de-semana, contra o colorado gaúcho. “Depois, teremos bastante tempo para refletir sobre isso. Mas, já estamos acostumados. O grupo já viveu situação parecida contra o Fluminense e se superou”, comentou o treinador.

Time tem clássico à tarde, pela “Sesqui”

O Paraná Clube tem jogo decisivo, hoje à tarde, pela Copa Sesquicentenário. Após empatar com o Malutrom (0x0) e perder para o Rio Branco (0x1), o Tricolor depende de vitórias nos clássicos contra Atlético (hoje) e Coritiba para ainda sonhar com a classificação. O primeiro passo é hoje, frente ao Rubro-Negro, às 15h30, no estádio Érton Coelho Queiroz. O principal obstáculo continua sendo a falta de entrosamento, já que o técnico Ary Marques tem mesclado atletas das categorias de base com jogadores que não vêm atuando com freqüência no Brasileirão.

“Isso faz com que os jogadores do grupo principal só realizem um treino com o Ary, na véspera do jogo”, explicou o diretor das categorias de base do clube, Rafael Zucon. Como o elenco profissional é reduzido, Saulo de Freitas também não pode dispor desses jogadores por um período maior. O zagueiro Fábio Braz e os meias Wiliam e Éverton, por exemplo, atuaram diante do Juventude no último domingo e hoje estarão em campo, neste “mistão tricolor”. O time volta a contar também com o goleiro Bader, recuperado da fratura no nariz que sofreu diante do Malutrom.

Ary Marques comandou treino ontem e escalou o time com Bader; Milton, Fábio Braz, Juliano e Arthur; César Romero, Wiliam, Alex e Éverton; Vandinho e Washington. O centroavante Welington, que também está treinando com os profissionais, ficará no banco de reservas. O ingresso único custa R$ 3,00.

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