O porta-voz da Promotoria do Ministério Público da África do Sul afirmou nesta quarta-feira que houve um erro testemunhal do investigador Hilton Botha quando o policial informou que foram encontradas caixas com testosterona no quarto do astro paralímpico Oscar Pistorius, acusado de ter premeditado o assassinato da sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na semana passada, em sua própria casa, em Pretória. A

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Medupe Simasiku, porta-voz do órgão sul-africano, afirmou que é muito cedo para identificar a substância achada no local como testosterona até que a mesma seja submetida a testes de laboratório que comprovem, de fato, qual ela é.

O investigador Hilton Botha disse, no início da audiência desta quarta-feira, em Pretória, que foram encontrados frascos contendo este hormônio e seringas no quarto do velocista paralímpico, que está sendo acusado de matar, de forma premeditada, Reeva Steenkamp com quatro tiros no banheiro da suíte do casal.

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Simasiku, entretanto, afirmou que “não é certo” dizer que a substância encontrada no aposento do atleta seja, realmente, testosterona. O advogado de Pistorius, Barry Roux, confirmou a existência das caixas na residência do corredor sul-africano, mas disse que o conteúdo das mesmas “não é um esteroide e nem uma substância proibida”, depois de a revelação da polícia ter levantado a possibilidade de o atleta biamputado ter feito uso de doping para melhorar o seu rendimento esportivo. “Trata-se de um remédio à base de plantas, ele pode usá-lo e já havia utilizado antes”, assegurou.

Craig Spence, porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional, também se manifestou para garantir que Pistorius foi submetido a dois exames antidoping entre 25 de agosto e 8 de setembro do ano passado e garantiu que ambos deram resultado negativo.

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Pouco dias antes deste período, o atleta de 26 anos se tornou o primeiro corredor paralímpico a competir em uma edição da Olimpíada. Ídolo sul-africano e ícone do esporte, ele representou o seu país nas provas dos 400 metros e do revezamento 4×400 metros dos Jogos de Londres. E, em três participações em Jogos Paralímpicos, conquistou oito medalhas, sendo seis delas de ouro.