Processo tira Roberto Braatz do clássico de sábado

O assistente Fifa Roberto Braatz foi retirado do clássico de sábado, entre Atlético e Paraná Clube, em razão do processo que está movendo contra o presidente atleticano, Mário Celso Petraglia. O auxiliar foi trocado pelo colega, também paranaense, Ivan Carlos Bohn, que estava escalado para Internacional x Portuguesa, marcado para domingo. O árbitro do jogo será Edivaldo Elias da Silva (PR) e o outro auxiliar Luiz Renesto (PR).

A troca não incomodou Braatz, que se sente mais à vontade ficando fora da partida. “Ninguém está furtado de cometer algum equívoco, e se for favorável tudo bem. Mas se for contrário pode parecer que estou perseguindo e não teria justificativa nenhuma. Então foi melhor. Tem que pensar no todo. Isso não tem que ser bom para mim, tem que ser bom para o futebol”, admite.

Mas para Braatz não haveria problema algum se tivesse de cumprir a escala. Porém, sob o risco de não ser entendido e ser taxado de antiprofissional, acatou a decisão da CBF. “Para os árbitros nada pode ser profissional. Um jogador entra com ação contra um clube e três anos depois volta para lá e tudo bem, isso é normal. Mas para mim é arbitragem, é superprofissional. Sempre tentei dar meu máximo e não seria diferente agora”, diz Braatz.

O assistente se aposenta do quadro da Fifa após a última rodada do Campeonato Brasileiro e lamenta sua saída do clássico paranaense, que seria sua penúltima partida antes de deixar os gramados. “Eu ficaria contente de participar de um clássico paranaense. Isso seria legal. Mas já fiquei feliz por este ano participar do Atletiba da final do Paranaense. Tive o privilégio de trabalhar no jogo Paraná e Flamengo na Libertadores de 2007. Então não fico triste, mas seria legal participar deste jogo”, conta o assistente.

Na justiça

Petraglia responde a dois processo pelas acusações que fez sobre Braatz, via redes sociais, ainda no decorrer do Atletiba final do Paranaense. O processo na Justiça Desportiva já foi encerrado e o dirigente terá de pagar multa de R$ 15 mil, além de ter cumprido suspensão de 30 dias. Mas o presidente ainda responde na Justiça Comum por danos morais.