Pressionado, Atlético trabalha para enfrentar o América/MG

Cada vez mais pressionado, o Atlético inicia a semana de preparação para o duelo contra o América-MG, fora de casa, no sábado que vem, obrigado a administrar a descontentamento da torcida. Não é para menos. Sábado, no 0 x 0 contra o Bragantino, no Caranguejão, o Furacão completou um mês sem vitórias e sem marcar gols. Em junho, foram duas derrotas e dois empates por 0 x 0. O resultado desta queda de produção todos já sabem: o técnico Ricardo Drubscky não durou 15 dias e Jorginho na estreia colocou o time na 14ª colocação da Série B. Não é à toa que ontem a fachada da Arena da Baixada amanheceu pichada com os seguintes protestos: “Vergonha Giogante” e “Vergonha”.

Sábado, no Caranguejão, já foram dados sinais de que a torcida não deixaria passar em branco mais um tropeço. Jorginho, que foi confirmado pelo clube na sexta-feira, deixou o gramado vendo o time receber grande cobrança por resultados. “Futebol precisa de gol, vive de gol. Não existe forma mágica. O torcedor está bravo e nós também estamos”, disse o treinador, que, para dar a volta por cima, aposta na reconquista a tranquilidade e na tentativa de dar uma personalidade ao Furacão na Série B. “Todo time tem que ter uma base. Talvez por estilo dos outros treinadores, não tenha tido isso. Se tiver uma base, conseguir encaixar o trabalho dele, acredito que teremos muitas vitórias e tranquilidade para trabalhar também. Mas não vai ser fácil, pode ter certeza”, justificou Jorginho.

O técnico também se mostrou bastante incomodado com o fato de, no Caranguejão, o goleiro Weverton ter ficado exposto à ira da torcida. Um torcedor invadiu o reservado para os jogadores, na saída do gramado, e agrediu o jogador. “Não pode partir para a violência. Os jogadores correram, se dedicaram e lutaram. Eu estava até conversando com eles agora (após a partida) que nosso time é muito fedido, pois a bola não entra no gol de jeito nenhum”, disse. “Tem que se dedicar muito, trabalhar muito, pra ficar cheiroso. Pois aquele que faz gol é cheiroso. E nós, no futebol, precisamos de gol”, completou.

Para o volante Renan Foguinho, as críticas acabam sendo normais diante da situação. No entanto, o jogador também pede paciência. “Futebol é resultado, quando ele não vem, causa desconfiança em todo mundo. Se falar que está tudo ruim, também acho que não vai adiantar nada. Só o trabalho que pode reverter tudo isso aí”, afirmou.