Presidente inaugura memorial e exige título da Libertadores

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem bem chegou para a inauguração do Memorial Corinthians, no final da tarde de ontem em São Paulo, e já fez uma exigência. Disse que o time ?precisa? ganhar a Libertadores para, enfim, conquistar a dimensão internacional de que dispõe hoje o rival São Paulo.

Lula cobrou – em seguida homenageou – Marcelinho Carioca, e saiu em defesa da Timemania, para ele, a única forma de salvação do futebol brasileiro.

Conselheiro vitalício do clube, o presidente chegou para a inauguração do memorial acompanhado do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do prefeito de São Paulo, José Serra. Logo na chegada fez uma cobrança.

?O Corinthians precisa ganhar a Libertadores. Toda vez que o time disputa um torneio internacional, confunde partidas importantes, com jogos que não tem importância. Por isso, têm que priorizar?, ensinou. ?A gente (Corintians) tem que ocupar o espaço internacional que o São Paulo ocupa hoje?, advertiu.

O presidente se encontrou com o meia Marcelinho Carioca – que atuou no Corinthians até meados de 2001 – e fez um desabafo. ?Você não sabe o quanto me fez sofrer com aquele pênalti?, disse o presidente, referindo-se ao pênalti perdido pelo meia na semifinal da Libertadores de 2000, contra o Palmeiras. ?Você quase me mata do coração?, acrescentou.

Alguns minutos depois, ele amenizou. ?Eu brinquei com o Marcelinho, mas agora vou fazer uma homenagem?, disse ele, para em seguida beijar a camisa número 7, usada pelo jogador durante os anos em que jogou no Corinthians.

Ele não chegou a vestir a camisa. Colocou em frente ao peito, mas tampou o logotipo da Samsung – o patrocinador do clube. ?Eu não quero fazer merchandising?, explicou.

Timemania

Lula saiu em defesa da Timemania – loteria idealizada pelo governo e que teria como objetivo sanear as finanças dos clubes. Para ele, só a loteria poderá salvar os clubes da falência. ?Agora está nas mãos do Romeu Tuma (senador do PFL) para ele melhorar. Só não pode piorar?, avisou.

O presidente lamentou a situação dos clubes.

?O Brasil não é mais o País do futebol. Países menores e sem muita tradição, têm mais dinheiro e levam os nossos craques?, disse.

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