O calendário do futebol paranaense terá, de agosto a dezembro, mais uma competição, que promete movimentar praticamente todas as equipes do Estado. A Copa Sesquicentário, lançada ontem pela Paraná Esporte em parceria com a Federação Paranaense de Futebol (FPF), pretende reunir perto de quatrocentas equipes de futebol, entre profissionais e amadoras, com uma fórmula semelhante à Copa do Rei, disputada na Espanha. O pontapé inicial da disputa será no dia 3 de agosto e o término está marcado para 19 de dezembro, quando se comemoram os 150 anos de emancipação política do Estado.
As equipes serão divididas em três grupos. No grupo A ficam as 14 equipes que participaram da Série Ouro do campeonato paranaense e não caíram. No grupo B estão 21 times das séries A-I, A-II e A-III, também profissionais. O grupo C reúne equipes amadoras, que têm até o dia 16 de julho para se inscrever na FPF, através do telefone (41) 366-3277, em horário comercial. De antemão, já estão confirmadas 36 equipes amadoras de Curitiba e R egião Metropolitana.
A fórmula de disputa permitirá que chegue à semifinal duas equipes do grupo A, outra do grupo B e uma terceira do grupo C. Será a oportunidade de uma equipe amadora enfrentar um time da Série Ouro. O governo do Paraná premiará a equipe campeã com R$ 150 mil, a vice-campeã com R$ 100 mil, a terceira colocada com R$ 50 mil e a quarta com R$ 20 mil. Em contrapartida, as equipes, tanto profissionais quanto amadoras, terão que buscar patrocínios -públicos ou privados – para viabilizar a participação.
Objetivos
A Copa Sesquicentenário foi lançada em homenagem aos 150 anos de emancipação política do Paraná, conquistada em 19 de dezembro de 1853. “A copa tem o objetivo de sinalizar para a população a importância da emancipação do Estado e nada é mais popular e adequado que o futebol”, destacou o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde. Além de incrementar o calendário das equipes profissionais que não disputam o campeonato brasileiro, a competição também serve de mobilização para os profissionais dos grandes clubes que não estão sendo aproveitados nos campeonatos brasileiros das Séries A, B e C. “É uma forma de colocar todos os atletas do elenco em ação, dando mais ânimo a todos”, destacou o presidente da FPF, Onaireves Moura.
A Copa Sesquicentenário, em seu grupo de amadores, também vai servir para tirar muitos cidadãos da exclusão social. “A competição pode ser definida como a “copa da inclusão”. Além de darmos a oportunidades de equipes amadoras revelar talentos, estaremos dando uma atividade aos cidadãos, afastando-os de caminhos perigosos, como o das drogas”, lembrou Gomyde.
Como particularidade, o grupo C poderá reforçar seus times ao longo da competição. As equipes remanescentes poderão resgatar os melhores valores das equipes que forem sendo eliminadas, para que o time que chegue à final reúna os melhores atletas amadores do Estado.