Postura do Atlético mudou dentro e fora de campo

O Atlético de ânimo renovado e com cara de Série B só começou a dar os ares nas rodadas finais do primeiro turno do Brasileirão e não é apenas dentro de campo que a postura do time mudou. Ricardo Drubscky, que encarou dois momentos diferentes do elenco e do próprio time na Segundona, revela que muita coisa mudou no CT do Caju nestes dois meses que está no clube, com parte deste período comandando a equipe Sub-23 e depois retornando ao elenco principal.

O segredo está nos 12 reforços trazidos pela diretoria, que deram nova cara ao grupo, não só pela qualidade técnica, mas pela postura necessária para um time que precisa encarar a Segundona. E assim que percebeu que o clima era outro, Drubscky fez questão de enaltecer isso aos jogadores.

“Está muito diferente, está bacana há uma sintonia mútua e eles perceberam isso. Falei pra eles e foi um momento único que inspirou confiança para nós”, disse o treinador.

E a mudança não começou dentro de campo. Foi fora dele que os jogadores mostraram que estavam entrando no clima que a Segundona exige e “transformaram” os vestiários.

“Vieram jogadores com o perfil que o Atlético precisa, com perfil para aquecer o vestiário. Junto com alguns que estão aqui isso mudou o espírito do grupo. Era um grupo jovem e vieram jogadores mais rodados, vieram de uma maneira bastante iluminada e conseguiram dar este ambiente que o grupo e que o vestiário precisa”, afirmou Ricardo.

O novo espírito colocado nos treinos e nos vestiários já começou a refletir em campo também. Nos últimos três jogos o time foi muito diferente e conquistou três vitórias. Os triunfos consecutivos fizeram o Furacão subir três posições na tabela de classificação e diminuir a distância para o G4.

Foram três jogos distintos, mas com cara de Série B. Contra o América-RN uma vitória convincente por 2×0, fora de casa e dominando a partida. Nos dois compromissos seguintes o desempenho não foi o mesmo, mas a postura de “time cascudo” fez a diferença.

“Série B é isso aí, se não vai na qualidade vai na raça”, reforçava o goleiro Weverton logo após o time bater o ASA, no sufoco. O camisa um foi um dos jogadores que mais cobrou a chamada postura de Série B que faltava ao Rubro-Negro. Segundo ele, necessária para uma competição de menos qualidade, mas de muito mais força. Hoje, com os reforços já entrosados, Weverton elogia a melhora do elenco.

“Temos um elenco qualificado que nos dá esta condição [de brigar pelo G4]. Quem chegou está embalado, entrosado e adaptado. Temos um elenco legal e peça de reposição”, disse o goleiro.