Portuguesa cassa liminar e manda Oliveira voltar

A Portuguesa conseguiu ontem cassar a liminar obtida por Ricardo Oliveira e recuperou os direitos sobre o atacante. O jogador já assinou contrato com o Santos, mas a Lusa exige que ele se reapresente imediatamente ao clube. No entanto, a advogada de Ricardo, Gislaine Nunes, deve recorrer hoje ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, para tentar reveter a decisão da juíza Anélia Li Chum, do Tribunal Regional do Trabalho, 2.ª Região, a favor do clube do Canindé.

“Agora, o Ricardo tem de se reapresentar para cumprir seu contrato. Do contrário, ficará sujeito às sanções legais, como demissão por justa causa por abandono de emprego”, disse o diretor jurídico da Portuguesa, Marcos César Alves.

Isso não quer dizer, porém, que o atacante ficará no clube. “Continuamos abertos a negociações, em condições que nos interessem”, disse Jerônimo Gomes, diretor de futebol. Ele afirmou que o clube tinha uma proposta de um clube da Espanha por Ricardo Oliveira (empréstimo de seis meses com passe fixado em US$ 8 milhões). “E o Ricardo iria receber de US$ 70 a 80 mil por mês.??

Essa “abertura” vale, inclusive, para o Santos. Antes de Ricardo recorrer à Justiça, o Santos havia oferecido US$ 1,8 milhão por 50% do passe do atleta, mais os jogadores Pereira e Canindé. A proposta não foi aceita.

Apesar disso, Jerônimo Gomes acredita que haverá clima para o artilheiro continuar na Portuguesa, caso não aconteca nenhuma negociação.” Claro que ele teve culpa nessa história toda. É maior de idade, não rasga dinheiro. Mas os portugueses sabem perdoar.”

As tentativas que serão feitas pelo jogador para restabelecer a liminar que havia obtido não assusta aos dirigentes da Lusa. “Meios impugnatórios existem, mas tecnicamente não são cabíveis”, entende Alves, baseado no fato de a Portuguesa ter pago tudo o que devia ao atleta.

A situação do goleiro Bosco, que descumpriu acordo que fez com o clube – em que renunciou à ação que moveu contra o clube em troca do pagamento do que lhe era devido – é semelhante. “Se ele não cumprir seu contrato, será punido com base na lei”, afirma Alves.

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