Por enquanto, ouvidores não têm muito serviço

Há quase dois meses em vigor, o Estatuto do Torcedor não tem causado maiores problemas aos clubes paranaenses. Atentos às determinações da lei, os dirigentes de Atlético, Coritiba e Paraná estão trabalhando constantemente para satisfazer os torcedores. E, aparentemente, estão conseguindo.

Apesar de o estatuto exigir ouvidoria na CBF e nas federações, os clubes se empenharam em montar ouvidorias próprias, para um contato mais direto com os torcedores. E, segundo informações dos ouvidores, as queixas dos torcedores são poucas.

O jornalista Vinícius Coelho, que assumiu a ouvidoria alviverde há pouco mais de uma semana, surpreende-se com a pouca quantidade de trabalho que vem tendo. “A maioria dos e-mails e telefonemas que recebemos é com sugestões. As reclamações são poucas, mesmo porque o Coritiba está se esforçando para ficar dentro das normas dos estatuto”, diz Coelho. Sugestões como retirar os mastros de bandeiras que existem atrás do gol de entrada do Couto Pereira. “Alguns torcedores acham que atrapalha e estamos pensando em levá-los para fora do estádio.” Outro ponto que está sendo estudado é a instalação de lixeiras no estádio. “Temos que encontrar um meio de instalá-las de modo que não ofereçam perigo em caso de exaltação de alguns torcedores”, diz.

O ouvidor do Coritiba passa no clube todas as manhãs para registrar as sugestões ou reclamações dos torcedores. Após processar os dados, Vinícius Coelho os apresenta em uma reunião semanal com a diretoria, onde cada sugestão ou reclamação é debatida. Os torcedores interessados em entrar em contato com a ouvidoria do clube podem fazê-lo pelo e-mail deliberativo@coritiba.com.br, colocando no assunto o título Ouvidoria, ou pelo telefone 362-3234, também solicitando a ouvidoria.

O atendimento aos torcedores do Atlético também acontece na Arena, em dias de jogos. O ouvidor Eduardo Requião tem uma sala para atender os torcedores e tentar resolver os problemas na hora. “No jogo contra o Corinthians, um torcedor reclamou que não conseguiu comprar ingresso para menor na hora do jogo. Esse tipo de questão a gente resolve na hora.” Outros assuntos, relativos ao campeonato brasileiro, são enviados ao ouvidor do campeonato brasileiro, Carlos Alberto Torres. “Mas quando nós podemos resolver a questão ou assimilar uma sugestão, o assunto é discutido no Atlético”, diz. Apesar do canal já estar em funcionamento há quase dois meses, Requião garante que o acesso à ouvidoria é mais para informações. “Há poucas reclamações e algumas sugestões.” O contato da ouvidoria do Atlético é 340-4600, solicitando o departamento de marketing ou no e-mail atleticopr@atleticopr.com.br, aos cuidados da ouvidoria.

O Paraná Clube, que utiliza os serviços do ouvidor da Federação Paranaense de Futebol (FPF), José Hagebock, não recebeu nenhum contato. A informação foi dada pela assessora de imprensa da FPF, Alethea Costa. “Não houve contato nem para a Série A-1 nem para o seletivo. Relativo ao Brasileiro, chegaram algumas mensagens enquanto o ouvidor da CBF não tinha e-mail”, disse. O contato de Hagebock é ouvidoriaseletivo@ig.com.br ou pelo telefone 366-3277.

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