São Paulo – Foi para perder o medo do mar, por indicação do namorado, que Poliana Okimoto conheceu a maratona aquática há dois anos. Em pouco tempo, a especialista em 800 e 1.500 metros nado livre obteve ótimos resultados na nova modalidade e é a favorita para ficar com uma das duas vagas brasileiras na prova, que será disputada pela primeira vez em Jogos Pan-americanos.
A atleta de 23 anos, que treina em Santos, nem imaginava que tinha talento para competir no mar. ?Sempre tive muito medo do mar, dos bichos do mar. Meu namorado, Ricardo Cintra, que também é meu técnico, me incentivou a disputar uma prova. Ele dizia que como fundista eu poderia ter um talento que não conhecia, o de nadar no mar?, contou Poliana.
O técnico estava certo. ?Em 2005 eu disputei a Travessia dos Fortes sem nenhuma pretensão e ganhei a prova. De lá para cá, comecei a disputar o circuito nacional e ano passado fui prata no Mundial de Nápoles, na Itália. Hoje, já não tenho mais tanto medo porque me concentro na prova. Mas se parar para pensar, dá terror, sim. Você não sabe onde está, não consegue ver se tem algum bicho?, revelou Poliana.
Ela disputará em maio a última seletiva, que definirá os representantes brasileiros na maratona aquática do Pan. ?Tenho treinado muito forte porque ainda não tenho vaga garantida, mas meu objetivo maior é conseguir disputar o Pan. É uma oportunidade que ninguém quer perder?, disse.
A nadadora tem chance de disputar o Pan também nas piscinas. ?A última seletiva da natação será em maio, e até agora eu tenho o melhor tempo nos 800m?, lembrou Poliana.