O confronto entre torcedores do Corinthians e policiais militares no jogo entre o time paulista e o Flamengo neste domingo, no Maracanã, acabou com 40 torcedores detidos. De acordo com o major Silvio Luiz, do Grupamento Especial do Policiamento em Estádios (Gepe), a polícia conseguiu identificar todos os agressores de policiais que estavam no estádio. O grupo foi conduzido à Cidade da Polícia.

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Ao final do jogo, policiais cercaram os torcedores do Corinthians no setor de visitantes. Os que não ficaram detidos só foram liberados quase três horas após o fim da partida. Mulheres e crianças foram liberadas, enquanto os homens foram detidos e obrigados a tirar a camisa e levantar o rosto. O objetivo era identificar se no grupo havia torcedores que tivessem participado da agressão aos PMs. As imagens chocaram e nas redes sociais houve rumores de que torcedores estariam sendo agredidos pela polícia.

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Segundo o major, muitos agressores foram identificados por tatuagens, por isso o pedido para que tirassem a camisa. Questionado sobre possíveis agressões a torcedores em salas do Maracanã durante a triagem, ele negou. “Negativo. Não tem nenhuma sala ali em cima. A gente foi tirando da arquibancada e levando para a área de circulação e ficaram sentados aguardando para serem encaminhados ao Juizado Especial Criminal ou serem liberados”, disse.

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Caberá ao delegado de plantão na Central de Garantia da PM, onde os detidos serão apresentados, decidir se eles responderão em liberdade ou se vão para algum presídio. Segundo o major é praxe a torcida adversária aguardar dentro do estádio após o fim do jogo até a saída de toda a torcida do time da casa, neste caso o Flamengo.

Para o major, se houve excesso foi por parte dos torcedores corintianos, a quem classificou de “gangue”. “Acho que houve grande excesso por parte dos torcedores. Nem chamo assim, na verdades, esses são uma verdadeira gangue. Vieram para se digladiar. Trocamos e-mail, buscamos liberar os materiais solicitados, escoltamos a torcida. Colocamos os torcedores dentro do estádio em segurança. Por isso, acredito que houve excesso”, disse.

O comandante do Gepe relatou ainda que havia muitos torcedores com ingressos falsos e até sem ingresso, o que acabou gerando confusão. “Precisamos realizar uma ação para organizar a entrada dos torcedores e nesse momento, houve algumas tentativas de invasão do estádio pela torcida”, contou.

A PM deverá encaminhar todos os relatórios aos órgãos competentes para que possam haver as punições cabíveis aos torcedores. O Gepe, segundo o major, iria escoltar o restante da torcida do Corinthians até um local em segurança, bem próximo ao limite do estado. O policial que aparece sendo agredido nas imagens do estádio passa bem.