O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou nesta sexta-feira que o fato de Bayern de Munique e Borussia Dortmund terem chegado à final da Liga dos Campeões não significa que hoje a Alemanha viva um momento dominante no futebol europeu.

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O dirigente opinou sobre o assunto durante entrevista coletiva concedida em Lille, na França, onde falou sobre a Eurocopa de 2016, que será realizada em solo francês. Embora o tema principal do encontro com os jornalistas tenha sido a próxima edição da principal competição de seleções do Velho Continente, Platini não teve como escapar do tema Liga dos Campeões. Isso depois de o Bayern de Munique ter goleado o Barcelona por 4 a 0 no jogo de ida e depois vencido o de volta da semifinal por 3 a 0, na última quarta, um dia após o Borussia eliminar o Real Madrid, que fracassou ao cair por 4 a 1 na partida de ida do mata-mata e ganhar por 2 a 0 na Espanha.

“Todos os anos se tiram conclusões a respeito dos finalistas. Nós dissemos a mesma coisa sobre os clubes ingleses, quando os finalistas eram Manchester United e Chelsea, e sobre os clubes italianos, quando foram Milan e Juventus (em 2003)”, afirmou Platini, ao ser questionado se a decisão marcada para o próximo dia 25, em Londres, será o retrato de um novo domínio alemão no futebol europeu.

O Bayern disputará a sua terceira final de Liga dos Campeões nos últimos quatro anos, depois de ter caído diante do Chelsea na decisão de 2012 e da Inter de Milão na de 2010. “Jamais entreguei um troféu (da Liga dos Campeões) a um clube alemão durante o meu mandato”, lembrou o presidente da Uefa, que depois completou: “É cíclico. É uma Liga difícil de ganhar e nenhum time a ganhou por dois anos seguidos, desta forma não vou tirar conclusões pelo fato de haver dois times alemães na final”.

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Mas, se evitou apontar um possível domínio alemão hoje no cenário do futebol europeu, o dirigente francês elogiou os clubes da Alemanha pela forma que administram as suas finanças, assim como qualificou o modelo econômico germânico como “seguro, saudável e transparente”. “Os clubes não podem ter déficit, nem sequer por um euro. Isso é o que estamos tratando de implementar (com as regras de fair play financeiro no futebol da Europa)”, alertou.