Alguns jogadores do Palmeiras sabem que se despediram neste domingo do clube. Um elenco inchado e com muitos jogadores limitados fez com que o ano do centenário do time, que deveria ser de festa, terminasse de forma melancólica, embora a equipe tenha conseguido evitar o rebaixamento com um empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, em casa, para alívio de seus torcedores.

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O Palmeiras fecha a temporada com 39 jogadores no elenco. As negociações para contratar reforços e renovar com quem tem contrato vencendo este mês estavam paradas porque tudo dependia do resultado deste domingo. Com a permanência na Série A, as mudanças agora virão por atacado.

Dez jogadores ficarão sem contrato no fim do mês, e a diretoria vai tentar renovar com apenas três deles: Diogo, Henrique e Marcelo Oliveira. Bernardo, Bruno César, Eguren, Juninho, Victorino, Washington e Wendel devem ir embora. Wesley, com vínculo até fevereiro, também deve ter sua saída facilitada.

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Atletas que têm contratos mais longos mas que pouco fizeram também podem sair. Nesse grupo entram Felipe Menezes, Mendieta, Patrick Vieira e Weldinho. A ideia é trazer pelo menos dois jogadores de nome para ajudar Valdivia. Se o chileno deixar o clube, um meia chegará para suprir sua ausência.

Existem também nove jogadores que voltam de empréstimo e têm situação indefinida: o lateral-direito Ayrton, os zagueiros Luiz Gustavo e Tiago Alves, o volante João Denoni, os meias Patrik e Tiago Real e os atacantes Maikon Leite, Caio e Vinícius.

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Ainda não está definido quantos jogadores serão negociados e quantos serão contratados, mas a ideia é que cheguem atletas para jogar, e não apenas para compor o elenco – de jogadores desse nível o Palmeiras está cheio. Paulo Nobre diz que haverá recursos para investir porque o clube não antecipou o recebimento de suas cotas de tevê de 2015 e por isso terá a receita integral pela primeira vez desde que ele assumiu a presidência, em 2013.

VALDIVIA – O meia, amado por uns e odiado por outros, teve mais uma temporada em que mostrou ser fundamental para o time por sua qualidade, mas ficou novamente fora de muitos jogos por diversos problemas. A diferença é que seu contrato está próximo de chegar ao fim – se encerra em agosto do ano que vem – e o seu futuro é uma das grandes incógnitas do clube para 2015.

A dependência do time ao futebol do meia fez com que o presidente Paulo Nobre mudasse de opinião sobre o jogador. Valdivia sempre foi considerado um atleta com custo-benefício muito ruim, já que sempre teve problemas de sucessivas lesões e atos de indisciplina. Por isso, o dirigente tentou se livrar de Valdivia, mas a negociação com o Al Fujaraih, dos Emirados Árabes, não deu certo e ele voltou. Agora tanto Nobre como o chileno atualmente querem a prorrogação do contrato, mas não descartam a possibilidade de saída, caso surja uma boa proposta.

Quem poderá ter votos importantes na definição do futuro do jogador são o futuro diretor de futebol do clube e o técnico – seja Dorival Júnior ou um outro. A vontade da diretoria é resolver a situação de Valdivia antes de começar o Paulistão, no início de fevereiro.